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01/10/2009 - 11:54

Novas leis não são necessárias, diz publicitário

Para especialista, os profissionais devem seguir as normas já existentes sobre o tema. Ele acredita que as crianças não podem crescer alienadas da realidade econômica social.

Para discutir a regulamentação da comunicação voltada às crianças, especialistas participarão da I Conferência Internacional de Marketing Infantil, de 4 a 6 de novembro, em São Paulo. O publicitário Stalimir Vieira, membro do Conselho de Ética do Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária), que será um dos palestrantes no evento, acredita não haver necessidade de novas leis para regular a comunicação publicitária dirigida ao público infantil.

Para ele, já existem leis em abundância, que muitas vezes umas se sobrepõem às outras e se confundem. “O Conar, por exemplo, já tem um vasto capítulo dedicado à criança, estabelecendo restrições severas na comunicação voltada a ela. O que talvez haja é uma necessidade de se fazer valer e cumprir tudo o que já existe em termos de leis, regulamentos e mesmo da auto-regulamentação, fiscalizando com mais eficiência e punindo sempre que necessário”, afirma Vieira.

Vieira também questiona a proibição total do marketing voltado para a criança, como pretende o PL 5.921/2001, do deputado Federal Luiz Carlos Hauly (PSDB/PR). “Será que estamos educando quando formamos uma criança completamente alienada ao padrão da sociedade com a qual ela vai se defrontar no futuro? Ou é melhor oferecer à criança a oportunidade de informar-se sobre a realidade em seu amplo espectro, junto com a devida orientação, para que ela aprenda a separar o que lhe convém?”, explica o publicitário, que acredita que o interesse mercadológico não se opõe, por princípio, ao interesse socioeducacional.

Mas, para ele, a proibição total, pura e simples, não virá a acontecer. “Seria um retrocesso em nossa democracia. Além disso, o consumo gera empregos, arrecadação fiscal, fortalecimento da economia e capacidade competitiva para o país. Portanto, toda medida restritiva que extrapole uma real necessidade de regulamentação com relação ao consumo é de certo modo contra o interesse de todos os brasileiros”, defende.

Segundo Vieira, as pessoas já têm consciência de que a exploração de valores equivocados na comunicação prejudica a criança e, consequentemente, o cidadão com quem teremos de conviver amanhã. “Entendo que tudo o que diz respeito à formação das crianças deve ser motivo permanente de reflexão e discussão. E uma discussão aberta, democrática e sustentada no bom senso conduz às soluções mais equilibradas”, completa.

A I Conferência Internacional de Marketing Infantil será realizada no auditório da FAU/USP (Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo), na Cidade Universitária, em São Paulo. Profissionais de marketing, empresários ligados ao setor infantil, estudiosos e especialistas do Brasil e do exterior foram convidados para discutir os rumos do marketing voltado à nova geração de kids & teens. A Conferência é uma realização da Carpe Diem, empresa que desenvolve eventos socioeducativos há mais de 20 anos. [www.cimi.carpediemeventos.com.br ]

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