Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

28/04/2007 - 08:13

"Daqui a pouco ninguém mais vai falar em juros", diz Mantega


São Paulo - A inflação nunca esteve tão sólida e controlada como atualmente. Por isso, não há razão para grandes preocupações com a taxa básica de juros, que embora esteja alta, está no caminho certo. Foi o que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse no dia 27 de abril (sexta-feira), em São Paulo, após almoço em sua homenagem oferecido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“O mais importante é olhar para a inflação. Enquanto ela estiver sob controle, não se preocupe com juros. Daqui a pouco, ninguém mais vai falar em juros, porque vão caminhando para sua posição correta”, analisou o ministro. Para ele, a taxa de juros não atrapalhará a produção, e sim estimulará.

A taxa Selic está em 12,5% ao ano. No último dia 18, caiu 0,25 porcentual, sem viés.

“Hoje existe crédito abundante na economia. As condições financeiras para o investimento e o crescimento estão dadas. Estamos no caminho certo, estamos indo na direção correta. Não se deve fazer nada de forma abrupta porque não é bom para a economia, mas estamos trilhando o caminho certo da redução do custo financeiro no Brasil”, disse.

Segundo ele, o governo continuará trabalhando para reduzir o custo financeiro e o que deve fazer neste momento é atacar o spread. Spread bancário é a diferença entre o que o banco paga na captação de recursos e a taxa cobrada na concessão do empréstimo. A taxa média caiu de 27,2% em fevereiro para 26,5% em março. Está em 38% ao ano para pessoa física e 13,4% para empresas.

“O spread bancário é muito elevado no país. Esta é uma agenda que vamos colocar na ordem do dia porque não é possível que o spread seja mais elevado que a Selic”, afirmou o ministro. Para ele, é preciso aumentar a competitividade do mercado financeiro, com aprovação do cadastro positivo, com a lei da defesa da concorrência. Mas preferiu não definir prazos para o cumprimento dessa agenda.

O ministro disse também que não é contra os ganhos elevados dos bancos porque isso faz "parte do espírito do capitalismo", mas desde que sejam obtidos a partir de um trabalho realizado ou de financiamentos concedidos. “O que não pode é ter muito lucro com spread e tarifa muito elevada. Isso não é bom e nós temos que rever”.

Mantega frisou também que o governo tem maneiras de aumentar a competitividade do setor, como a criação da conta -salário, que dá ao trabalhador a opção de receber seu pagamento no banco que bem entender - embora neste primeiro momento, o mecanismo só esteja disponível para uma parcela dos cidadãos.

Na avaliação do ministro, o importante é que o correntista seja disputado e não precise procurar o banco para ter a conta. “Essa é a diferença. O cliente é o correntista. É ele que tem que ser cortejado pelo banco, que tem que oferecer vantagens para o cliente. É assim que se instaura a competitividade”.| Por: Flavia Albuquerque/ABr

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira