Atletas vibram com a vitória do Rio 2016 e apontam um novo futuro para o esporte no país

Acostumados a competir nas quadras, campos, pistas e piscinas do Brasil e do mundo, atletas olímpicos brasileiros que estiveram em Copenhague representando a candidatura do Rio de Janeiro vibraram com a conquista da sede olímpica em 2016. Num misto de alegria e reflexão, os atletas consideram este um momento sem igual para o esporte brasileiro. “Os Jogos Olímpicos Rio 2016 vão abrir muitas possibilidades. Teremos mais atletas competindo e uma motivação muito grande para as crianças praticarem esporte. Elas verão que dá para ser atleta de alto nível. Isso não é um sonho, é dedicação. Com os Jogos no Rio esse estímulo será ainda maior. Particularmente, terei a chance de disputar uma Olimpíada em casa, e isso é fantástico”, considerou o campeão olímpico Cesar Cielo.

Medalha de prata em Atlanta 96 e bronze em Sydney 2000 pela seleção feminina de basquete, Janeth tem uma certeza: o Brasil tem muito trabalho pela frente. “Temos que fazer um trabalho de alto nível, assim como fizemos para ganhar a sede olímpica. Isso significará a transformação do esporte brasileiro e do próprio Movimento Olímpico. Vejo os atletas sendo mais valorizados, com mais estrutura profissional. O atleta brasileiro é muito talentoso e tem condições de disputar de igual pra igual com todas as nações”, afirmou.

Aos 17 anos e com um mundo de conquistas pela frente, Barbara Leôncio, campeã dos 200m no Mundial de Menores de Atletismo e uma das estrelas da apresentação do Rio em Copenhague, se sente ainda mais motivada a treinar e competir. “É importante estar aqui. Vou treinar muito para 2016. Competirei em casa, ao lado da minha torcida. Essa vitória me dá força para treinar”, disse.

Os atletas que ficaram torcendo no Brasil consideraram a emoção da vitória do Rio 2016 como uma volta ao pódio olímpico. “Acho que uma olimpíada no Brasil vai fomentar muito o esporte. Hoje é um dia muito feliz para o Brasil e o mundo poderá ver o quanto o nosso país é grande. Minha vida sempre foi baseada em ciclos olímpicos. Meu pensamento agora está em 2012, mas, claro, com uma olimpíada do Brasil a energia será muito grande e a vontade de estar dentro do tatame também”, disse Tiago Camilo, prata em Sydney 2000 e bronze em Pequim 2008. “Este é o dia mais importante da historia olímpica brasileira. Serão seis anos para transformar os Jogos Olímpicos num marco de transformação da cidade”, afirmou o também judoca Flávio Canto, bronze em Atenas-04.

“Se quando ouvimos o hino nacional nos ginásios de todo o mundo, já ficamos arrepiados. Quando o público brasileiro tiver a chance de cantar conosco, teremos uma emoção muito grande competindo em casa”, revela o jogador de vôlei Giba, medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e prata em Pequim 2008. [www.cob.org.br]