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28/04/2007 - 08:31

Gargalo no setor energético pode atrapalhar o crescimento do país

Tema foi debatido na Câmara para Assuntos de Energia da Fecomercio/SP

O risco de déficit no suprimento de energia elétrica para a região Sudeste, caso ocorra um crescimento de 4% ao ano no PIB, está acima do aceitável. Até 2009, esse déficit chegará ao limite de 5% e em 2011 atingirá 14%. Essa foi a conclusão do debate ocorrido na Federação do Comércio do Estado de São Paulo, que apresentou estudo do presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Salles, e do consultor Pedro Andréa Krepel. A discussão ocorreu no âmbito da Câmara para Assuntos de Energia, cujo presidente é o economista Oscar Pimentel.

Mesmo representando pouco mais de 1% no consumo de energia do mundo, o Brasil pode caminhar para a um colapso energético, com sérios riscos de racionamento, caso o governo não adote urgente uma política a longo prazo, sem sofrer pressão de mandatos. "O atual modelo institucional do setor elétrico possui entraves para uma maior participação da iniciativa privada em investimentos", afirmou Claudio Salles, presidente do Instituto Acende Brasil.

O restabelecimento da força e influência do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), o fim da participação de executivos do governo que ocupam cargos de conselho de estatais na concepção de regras de leilões e outros processos competitivos, foram as propostas apresentadas por Salles durante o encontro. Salles defende ainda, a definição de governança que explicite metas de rentabilidade das estatais, com auditoria pré-definida e a publicação das atas do Conselho de Monitoramento de Sistema Elétrico cinco dias úteis após cada reunião. "É muito importante em se aprovar um Projeto de Lei que assegure uma condição de autonomia para as agências reguladoras", reforça.

Os níveis de reservatórios de água e o regime de afluência, que diminuem a cada ano, são outros que contribuem para aumentar o risco de falta de fornecimento de energia elétrica. "Nós vivemos uma quadro muito grande de incertezas e de mudanças bruscas. Se o país crescer como deve, nós teremos problemas estruturais devido a falta de geração de energia", afirmou o consultor Pedro Andréa Krepel.

Para Krepel, se bem adaptado, o gás natural pode ser nossa principal fonte de energia. "A América do Sul está perdendo uma excelente oportunidade de crescimento conjunto e desenvolvimento de energia, principalmente no que se refere ao gás natural". Segundo o consultor, há a necessidade de US$ 470 milhões de investimentos em energia no país até 2030.

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