Alteridade e estéticas de subjetivação: uma perspectiva psicanalítica

Crítica associada à ABCA - Associação Brasileira de Críticos de Arte, é graduada em Estética da Recepção (Bates College - EUA), Psicologia (PUC-SP), Mestre em Psicologia Clínica (PUC-SP) e Doutora em Teoria Psicanalítica (UFRJ). Tem ensaios publicados na França, Bélgica, Canadá e Argentina, além de colaborar em revistas especializadas, jornais e revistas de cultura de circulação nacional.

Se, ao diluir as fronteiras entre sujeito e objeto, Sigmund Freud antecipou a contemporaneidade, a pintura de Francis Bacon também esteve à frente de seu tempo na medida em que não rejeitou técnicas ou mesmo estilos mais tradicionais da pintura. Ao contrário, conduziu-os ao limite. Apoiando-se no conceito criado por Bartucci de “constituição de subjetividade”, o ciclo de palestras abordará a noção de alteridade considerando as transformações que, iniciadas na década de 1970, são hoje identificadas ao processo de globalização. Por meio da análise de O Último Tango em Paris (Bernardo Bertolucci, 1972) explicita-se que a noção de alteridade coloca em jogo as noções de simetria e identidade, distinção e intransitividade. Por meio da análise da obra de Francis Bacon – cujos quadros acompanham os créditos iniciais do filme, trataremos sobre a idéia de que o registro de índices de alteridade será dado por meio da possibilidade de constituição de subjetividade na contemporaneidade, ou seja, por meio de estéticas de subjetivação.

Dias 9, 16 e 23 de maio de 2007, às quartas-feiras, das 14 às 17 horas, no MAC USP Cidade Universitária, Rua da, Reitoria, 160 – São Paulo (SP). R$ 20,00 | Informações | telefone: (11) 3091-3559 – [email protected]. Aula 1 – 9/5 - Alteridade, estética, psicanálise | Aula 2 – 16/5 - Subjetividades contemporâneas, estéticas de subjetivação. Filme: O último tango em Paris | Aula 3 – 23/5 - De Bernardo Bertolucci para Francis Bacon: Da desidentificação ao registro da presença.