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06/10/2009 - 12:09

Industriais brasileiros defendem integração União Europeia-Mercosul

Presidente da CNI diz que um ambiente favorável aos negócios depende da desoneração dos investimentos e de acordos que eliminem a bitributação.

Estocolmo, Suécia – A comitiva de 20 empresários e dirigentes da delegação brasileira que está na capital sueca para participar do 3º Encontro Brasil-União Européia vai concentrar os debates em três pontos: remoção de entraves sobre bitributação e protecionismo, metas para mudanças climáticas e incentivos a um tratado de livre comércio entre a Europa e o Mercosul.

A posição foi tirada de um encontro da delegação empresarial brasileira realizada nesta segunda-feira, 5 de outubro, um dia antes da reunião de cúpula, em Estocolmo. A mesa de debates foi comandada pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto. Todas as propostas serão levadas para a mesa de negociações desta terça-feira, 6 de outubro, da qual participarão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, além de empresários e ministros dos dois continentes.

Representando a CNI participaram da reunião desta segunda, Armando Monteiro Neto, o diretor executivo da entidade, José Augusto Fernandes, a gerente executiva da Unidade de Negociações Internacionais, Soraya Rosar, o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Carlos Mariani.

De acordo com o presidente da CNI, um ambiente mais favorável para os investimentos demanda iniciativas em três frentes: a eliminação da tributação sobre os investimentos, a negociação de acordos para evitar a bitributação e a revisão de práticas domésticas de interpretação e operacionalização das legislações tributárias. Nesse sentido, a delegação brasileira resolveu sugerir a formação de um conselho bilateral integrado pela própria CNI e por sua congênere, a Business Europe, além de representantes dos governos.

Na área do comércio bilateral, os empresários brasileiros decidiram levar uma reclamação mais contundente, pedindo um combate efetivo ao protecionismo. Na opinião da delegação, muitos países do continente europeu têm recorrido a medidas de defesas comerciais para inibir as importações e estimular suas exportações.

Outra proposta fechada foi a retomada das negociações para um acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia. De acordo com o que foi decidido, deve haver disposição para avançar em negociações que incluam o tratamento de temas relevantes para o desenvolvimento dos negócios entre os dois blocos. “Além de tratar os temas tradicionais da agenda comercial, deve abrir canais de diálogo para incorporar novos temas que afetam o comércio e que não estavam presentes quando a atual agenda foi estabelecida”, afirmou Monteiro Neto.

Por fim, os brasileiros tiraram também uma posição sobre cooperação em energia e mudanças climáticas. Segundo o presidente da CNI, o Brasil terá de dar, nos próximos meses, uma resposta ambiciosa a uma questão que exige o esforço de todos os países: o combate ao aquecimento global. “O setor industrial brasileiro disse esperar que, durante a 15ª Conferência das Partes (COP 15), a ser realizada em dezembro de 2009, em Copenhague, os países desenvolvidos se comprometam com metas de reduções de emissões ambiciosas e que sejam acordados mecanismos e recursos que fortaleçam as ações voluntárias de mitigação e a adaptação dos países em desenvolvimento”, concluiu Monteiro Neto.

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