Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

06/10/2009 - 13:08

MRF: População que aumenta e assusta a sociedade

Sabe-se que existem vários movimentos populares no Brasil que envergam uma bandeira na defesa de certos direitos sociais. Para exemplo, cita-se o movimento dos sem terra – o MST. Movimento que reúne várias pessoas que, em tese, lutam por uma propriedade para trabalhar e garantir o sustento de sua família, e a tão sonhada reforma agrária.

Nesse sentido, cria-se aqui e de forma não-oficial, o mais novo movimento social - o MRF. Moradores de rua e flanelinhas. Esse movimento avoluma-se a cada dia de novos componentes, vindos das mais variadas localidades do nosso estado e, quem sabe, de outros estados da federação.

Esses novos moradores escolheram a cidade de Vitória/ES como seu endereço postal, pois basta circularmos pelas ruas da capital, para notarmos o grande número de pedintes de esmolas, muitas vezes pessoas novas, bem vestidas e aparentando estar em pleno estado físico e mental.

Percebe-se flagrantemente esse aumento, quando nos dirigimos a padaria Monte Líbano ou Expressa, ou em qualquer outro estabelecimento comercial que trabalhe com gêneros alimentícios. Na entrada desses locais, existe um grande numero de pessoas abordando os clientes, e isso reflete até em afastamento dos consumidores, tendo em vista que muitos ficam com medo de serem agredidos por eles, pois demonstram estarem sob os efeitos de algum tipo de substância tóxica.

Outros adeptos desse movimento são os flanelinhas ou guardadores de veículos. Quanto a estes, a realidade não é muito diferente em relação ao quadro anteriormente apresentado. Basta tentar estacionar o seu veiculo em qualquer parte da grande Vitória, e você vai ficar na dependência destas pessoas. E, caso não disponibilize certa gorjeta (ás vezes, o valor já é estipulado pelo flanelinha), pode retornar e observar alguma avaria em seu veiculo.

É imperioso acentuar que os flanelinhas estão “loteando” cada esquina da cidade, intitulando-se como verdadeiros proprietários da terra (rua), e, às vezes, testemunhamos conflitos e atos de violência entre eles, quando se sentem ameaçados por alguma invasão ao seu território.

Vimos recentemente, o caso de um guardador de veiculo que se apresentou a justiça confessando ter matado um flanelinha, apresentando como argumentação de defesa que a vítima tinha dado um “banho” nele, ou seja, recebeu os R$ 10,00 (dez reais) de um cliente e não repassou para ele a sua parte. Esse, segundo ele, foi o motivo que o levou a cometer o homicídio.

No dia 02/10, salvo engano, foi noticiado pela imprensa escrita, outro fato envolvendo flanelinhas. Segundo a matéria, eles pediram a um jovem advogado que lhes dessem seu lanche. Diante da negativa, partiram para a agressão física contra ele, utilizando-se como arma uma pedra, o que provocou traumatismo craniano na vítima, que já passou por algumas cirurgias e encontra-se hospitalizado.

Deve ser ressaltado, que fatos como os apresentados acima, vêm acontecendo diariamente em varias regiões da grande Vitória, presumindo-se que não seja tão diferente nos demais municípios do Estado.

Como componentes da sociedade, temos que assumir parte dessa omissão estatal, por não criarem políticas públicas para que a situação tenha fim. Se não é possível acabar, pelo menos alguma atitude tem que ser tomada, por exemplo: promover o cadastramento destas pessoas, para que se saiba de onde vem, onde moram, se tem família e outros dados importantes, para que seja fácil identifica-las e promover alguma ação social para dar-lhes o mínimo de dignidade humana.

. Por: Eduardo Veronese da Silva, Bacharel em direito – FABAVI/ES, Licenciatura em Educação Física – UFES.Instrutor do Programa Educacional de Resistência as Drogas – PROERD Subtenente da PMES.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira