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08/10/2009 - 12:34

Estudo aponta que 57% das seguradoras brasileiras já possuem um orçamento dedicado ao controle de riscos

Pesquisa feita pela everis indica que a maior parte das entidades considera a gestão de riscos um objetivo estratégico para os negócios.

De acordo com um estudo feito pela everis, consultoria multinacional de negócios, tecnologia da informação e outsourcing, que engloba dados de países da Europa e da América Latina, 57% das instituições brasileiras têm um orçamento separado para a gestão de riscos. O número é menor, se comparado com as instituições europeias – como as da Espanha, com 73%, e de Portugal, com 100% – com um valor em caixa com esse propósito. Juntos, os três países concentram o maior número de participantes da pesquisa.

O objetivo da pesquisa era avaliar a situação da gestão de riscos na Europa e na América Latina e promover reflexões sobre as principais estratégias a serem usadas para garantir uma gestão de qualidade em curto prazo. Segundo Rafael Garrido, sócio responsável por Seguro, Previdência e Capitalização da everis Brasil, as entidades que participaram da pesquisa consideram o controle de riscos um dos objetivos estratégicos para os seus negócios. “Apesar disso, vemos que o comportamento das empresas não é coerente, uma vez que apenas 62% delas dedicam parte do seu orçamento para essa finalidade”, afirma o executivo.

Rafael explica também que 34% das empresas consideram que o motivador para a uma gestão de riscos é o cumprimento normativo. “Ainda falta cultura para as empresas perceberem que isso deve ser feito independentemente das leis, pois, em longo prazo, significa economia”, conclui. Os outros motivadores são o seguimento e supervisão do risco da companhia, com 28%, o fornecimento de informações para a alta direção, com 21%, e a liderança de iniciativas para mitigar o risco, com 12%.

Segundo o estudo, globalmente 73% das empresas possuem uma área dedicada à gestão de risco e em 21% delas existem equipes focadas nesse trabalho. No Brasil, esse número vai para 75% de empresas que possuem um segmento independente com objetivos e atividades claramente definidas, um pouco abaixo da Europa, com 81%, e acima da média latino-americana, que apresentou 65%.

Sobre o nível de conhecimento dos diferentes riscos existentes, podemos verificar que o conhecimento dos riscos tradicionais (seguro e mercado) é maior, se comparado aos riscos de crédito, operacional e liquidez. No Brasil, 62,5% das empresas afirmam ter um conhecimento profundo dos distintos riscos, enquanto na América Latina esse número é de 65% e na Europa, 75%.

O estudo é similar a outros já publicados pela everis para o setor. Só este ano, a companhia lançou um sobre Eficiência Operacional e outro sobre Bancassurance, ambos com o objetivo de apoiar o desenvolvimento da área de Seguros no País. Já está sendo preparada a nova versão do estudo de Gestão de Riscos, que será apresentada no próximo ano e permitirá acompanhar a evolução das entidades.

Os resultados do estudo foram apresentados durante um evento na sede da empresa, em São Paulo, do qual participaram responsáveis das áreas de Gestão de Riscos, Compliance e Auditoria das principais companhias do mercado.

Principais conclusões - O marco normativo é o principal estímulo da gestão total do risco e, em contrapartida, o grau de aderência à Solvência II, apresentou-se desigual. Sobre o conhecimento dos riscos, a maioria das empresas está focada nos negócios de seguros e os riscos operacionais e de crédito apresentam menor desenvolvimento. Os investimentos para esse fim ainda são moderados e inclusive existe baixa utilização de metodologias com grande necessidade de melhores ferramentas, já que a maioria das companhias utiliza até agora modelos internos de ferramentas e metodologias.

Metodologia da pesquisa - O questionário do estudo foi enviado a diferentes empresas do setor na Península Ibérica e na América Latina. O número de entidades participantes é bastante similar em ambos os continentes e as empresas ibéricas representam 55,26% do total, enquanto as entidades latino-americanas completam os 44,74% restantes. Espanha, Portugal e Brasil são os países que têm o maior número de empresas que participaram do estudo. Já o México, a República Dominicana e a Colômbia são os países com menor número de participantes.

Representação das entidades participantes no mercado - As entidades participantes do estudo representam 35,52% do mercado correspondente à soma do mercado (volume de prêmios) dos países participantes. Fazendo a distribuição entre os países, observa-se que as entidades que colaboraram com o estudo envolvem mais de 50% do mercado total da Espanha e de Portugal. Na República Dominicana, as empresas colaboradoras representam 41,65% do mercado, enquanto no Brasil essas entidades representam 20% da cota de mercado.

Tipologia das empresas - Quanto ao tipo de empresas que participaram do estudo, a maioria (aproximadamente 58%) são seguradoras, seguidas por 37% de empresas que são bancassurance; somente 5% declaram ser de mútuas.

Perfil: A everis é uma consultoria multinacional que oferece soluções de negócio globais e tecnologia da informação a seus clientes, cobrindo todos os aspectos da cadeia de valor das organizações, desde a estratégia de negócio até a implantação e a operação dos sistemas. Fundada em 1996, a everis atualmente está presente em diferentes países da Europa (Espanha, Portugal, Polônia e Itália) e da América Latina (Chile, Brasil, Argentina, Colômbia e México) com 19 escritórios e mais de 7 mil profissionais.

No Brasil, a empresa conta com mais de 450 profissionais. O foco de negócios da everis no País são os setores de Entidades Financeiras, Telecomunicações e Indústria. Em 2008, a empresa faturou mundialmente € 398 milhões e R$ 52 milhões no Brasil, onde espera um crescimento de mais de 50% nos próximos anos. Em 2008 e 2009 foi eleita pelo Great Place Institute como uma das melhores empresas de TI para se trabalhar.

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