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08/10/2009 - 12:42

Comissões de Controle de Infecção Hospitalar: um termômetro da qualidade do atendimento

A prevenção e o controle das infecções hospitalares são um dos principais temas de campanhas desenvolvidas por órgãos de saúde internacionais como a Organização Mundial da Saúde e o Institute for Health Improvement dos Estados Unidos. Entretanto, recente pesquisa divulgada pelo jornal Folha de São Paulo aponta que 90% das instituições de saúde no Brasil não contam com uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Por ser um dos indicativos mais relevantes para aferição da qualidade tanto do atendimento clínico e assistencial quanto dos processos gerenciais, a constituição e o pleno funcionamento de uma CCIH são quesitos obrigatórios no processo de Acreditação e regidos por uma legislação específica, através da Portaria Ministerial nº 2616/98.

“Nas instituições acreditadas, a CCIH deve atuar efetivamente como um órgão assessor técnico da direção geral, além de ter um papel executivo dentro dos Comitês ou Coordenações de Qualidade”, ressalta Heleno Costa Jr., coordenador de educação do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA). A formação multidisciplinar da equipe é, ainda segundo Heleno, outro aspecto relevante. Acreditado pela Joint Commission International/Consórcio Brasileiro de Acreditação desde agosto de 2008, o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), no Rio de Janeiro, conta com uma CCIH que tem à frente uma especialista em infectologia e uma enfermeira. “A comissão tem o papel de garantir a segurança dos pacientes através de ações de prevenção de complicações infecciosas relacionadas à assistência hospitalar e garantir o seu rápido diagnóstico e tratamento, quando a prevenção não for possível”, afirma a infectologista e mestre em Saúde Pública, Isabella Albuquerque.

“A CCIH tem que focar na participação do corpo médico e de enfermagem com programas institucionais elaborados e cronogramas de atividades anualmente estabelecidos. Estas comissões devem assumir condutas preventivas, eliminando a cultura de reatividade frente à ocorrência de infecções”, ensina Heleno. Os padrões de Acreditação Internacional exigem que a CCIH seja composta por todas as áreas envolvidas nos processos de cuidado prestados aos pacientes, como nutricionistas, fisioterapeutas, farmacêuticos, hemoterapeutas e outros. “O controle efetivo e contínuo fez com que consigamos trabalhar com índices bastante baixos de infecção hospitalar”, relata Isabella. As ações da CCIH devem ser divulgadas sistematicamente para as lideranças dos serviços. Todos esses resultados, assim como, os indicadores clínicos e assistenciais relacionados com a vigilância epidemiológica, também são foco de avaliação e discussão dos técnicos e avaliadores do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) e da Joint Commission International (JCI).

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