SENAI/SC e Universidade alemã de Stuttgart ampliam consultorias a indústrias de Santa Catarina

Objetivo é oferecer às indústrias consultorias em reutilização de água, redução de produtos químicos no tratamento de efluentes industriais e redução do lodo industrial.

Florianópolis - O SENAI/SC e a Universidade de Stuttgart, da Alemanha, ampliarão sua cooperação para a oferta de consultorias na área ambiental a indústrias catarinenses. Já nos próximos meses, técnicos alemães estarão em Santa Catarina para atender cinco indústrias do setor têxtil, em especial na reutilização de água, redução de produtos químicos no tratamento de efluentes industriais e redução do lodo industrial, proveniente das estações de tratamento de efluentes.

"A expectativa é a transferência de conhecimento e educação para o Brasil. Por outro lado, queremos aproveitar os resultados obtidos aqui nas pesquisas que desenvolvemos na Alemanha", afirmou o reitor Wolfram Ressel. Ele liderou a delegação da Universidade de Stuttgart que visitou a unidade do SENAI/SC em Blumenau nesta segunda-feira, dia 5. O objetivo foi conhecer o núcleo ambiental da instituição catarinense. Este foi o terceiro encontro entre as lideranças das duas entidades desde agosto de 2008, quando foi realizado em Florianópolis o Encontro Alemanha-Brasil de Inovação. No mês passado, uma delegação do SENAI/SC visitou várias instituições de tecnologia da Alemanha, incluindo Stuttgart.

O diretor regional do SENAI/SC, Sérgio Roberto Arruda, lembra que já existe uma parceria em andamento e que nos últimos meses realizou diagnósticos em três empresas catarinenses. "A ideia é expandir esse trabalho, inclusive com recursos da Alemanha, e ampliar o número de empresas atendidas. E com isso diminuir o passivo ambiental das empresas, conseguir uma produção mais limpa, agregar maior valor ao produto e oferecer mais condições de competitividade", afirmou Arruda. "Hoje a Europa coloca uma importância muito grande à questão de meio ambiente e exige que os fornecedores tenham desempenho idêntico"

Os diagnósticos foram realizados pelo especialista em águas industriais da Universidade de Stuttgart Uwe Mentzel. Ele explica que há há cerca de 15 anos as indústrias alemãs reutilizam ao máximo a água. "Captar e lançar de volta a água ao curso de um rio pode custar de três a seis euros por metro cúbico", afirma. Segundo Mentzel, estes custos variam entre os países, mas a redução da oferta de água e a necessidade de tratamento na captação está levando cada vez mais indústrias, de todo o mundo, a adotarem a estratégia.

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