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08/10/2009 - 12:52

Emprego industrial volta a crescer depois de dez meses, mostra pesquisa da CNI

Brasília – O emprego na indústria de transformação voltou a crescer em agosto, depois de dez meses de quedas consecutivas, o que demonstra o fortalecimento da recuperação da atividade no setor, de acordo com a pesquisa Indicadores Industriais divulgada no dia 7 de outubro (quarta-feira), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Além do emprego, o faturamento real e a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) tiveram crescimento em agosto ante julho.

Na avaliação da CNI, o aumento de 1,1% do nível de emprego em agosto ante julho (0,7% no dessazonalizado, ou seja, livre de influências sazonais e de calendário) reforça a percepção de que o ajuste no mercado de trabalho industrial chegou ao fim. “Acreditamos que aquele movimento de demissões, que começou no fim do ano passado e perdurou por 10 meses, chegou ao fim.

Ainda é cedo para dizer se teremos crescimento nos próximos meses ou uma estabilidade, mas queda não devemos mais ter”, analisou Flávio Castelo Branco, gerente-executivo de Política Econômica da CNI.

O faturamento real cresceu pelo quarto mês consecutivo em agosto, 1,2% na comparação com julho. No dado dessazonalizado, o aumento foi de 1% ante julho. “A sequência de resultados favoráveis nos últimos meses, reforçada pelo crescimento do consumo das famílias, mostra que a indústria vem se recuperando mais fortemente”, disse Castelo Branco. De janeiro a agosto, o faturamento real cresceu 3%, fruto de crescimento em cinco dos oito meses do ano já captados pela pesquisa.

A UCI cresceu de 79,9% em julho para 80,1% em agosto, segundo o índice dessazonalizado. Apesar do crescimento, o segundo consecutivo, o indicador ainda está 2,6 pontos percentuais abaixo do verificado no mesmo mês do ano passado, que fora de 82,7%. “Ainda há uma folga grande na UCI, ou seja, uma grande ociosidade. Mas já há setores em que a utilização é mais alta e com certeza as empresas que estão mais próximas do limite retomarão os projetos de investimentos”, previu Flávio Castelo Branco.

As horas trabalhadas na produção tiveram uma queda de 1,3% em agosto na comparação com julho. Pelo dado dessazonalizado, a queda foi de 0,2%. “Isso pode ser o fim do uso de horas extras, por exemplo, mas não temos como ter certeza. O que se pode afirmar é que devemos esperar ainda uma retomada das horas trabalhadas antes de ver uma recuperação consistente do emprego”, ressaltou Castelo Branco.

A massa salarial real teve, em agosto, uma retração de 3,3% ante julho, segundo a pesquisa Indicadores Industriais. No ano, a queda é de 1,7%. “Esse indicador só deverá ter recuperação mais forte quando o emprego estiver em firme trajetória de alta”, disse o gerente-executivo de Política Econômica da CNI.

• Acesse aqui os Indicadores Industriais de agosto de 2009

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