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10/10/2009 - 07:54

Alcoa realiza primeiro desembarque de bauxita de Juruti na refinaria da Alumar, em São Luís (MA)


Para transportar 43 mil toneladas do minério da Mina de Juruti-PA até a capital maranhense, navio cargueiro percorreu 1,6 mil quilômetros em 80 horas.

A Alcoa acaba de concluir o primeiro desembarque de bauxita proveniente da Mina de Juruti, no Oeste do Pará, na refinaria da Alumar – Consórcio de Alumínio do Maranhão, gerida pela Companhia, em São Luís. Para transportar o minério até a capital maranhense, o navio cargueiro MV Norsul Camocim percorreu 1,6 mil quilômetros em 80 horas. A embarcação, com capacidade para carregar 43 mil toneladas, mede 199,9 metros de comprimento por 30 metros de largura. Desde que a Mina foi inaugurada, em 15 de Setembro, uma operação de transporte semelhante a essa ainda não havia sido realizada pela Companhia.

“Essa é a concretização de mais um sonho e de uma etapa importante para a História da Alcoa no Brasil. Estamos felizes por esse momento e com a certeza de estarmos contribuindo para o desenvolvimento sustentável das localidades onde atuamos”, diz Franklin L. Feder, presidente da Alcoa América Latina e Caribe.

De acordo com a empresa, esta fase inicial das operações da Mina de Juruti, prevista para durar até o final de novembro, seguirão mais cinco carregamentos de bauxita até o porto de São Luís. A partir de Dezembro acontecerão embarques semanais, atendendo ao planejamento inicial da Companhia de minerar e transportar 2,6 milhões de toneladas anuais da reserva de Juruti. O empreendimento está estruturado e preparado para produzir até 12 milhões de toneladas ao ano do minério. As reservas minerais na região de Juruti permitem a previsão de uma vida útil do empreendimento, no atual nível de conhecimento geológico, de no mínimo 70 anos.

Para absorver toda a produção de Juruti, foi iniciada em janeiro de 2007 a expansão da Refinaria da Alumar. Essa ampliação permitirá que a produção de alumina do Consórcio salte de 1,5 para 3,5 milhões de toneladas por ano – o maior projeto de expansão de uma refinaria de alumina já realizado no mundo. Trata-se de um investimento de R$ 4,9 bilhões.

Qualidade diferenciada - Com uma reserva de cerca de 700 milhões de toneladas, Juruti possui um dos maiores depósitos de bauxita de alta qualidade do mundo, com cerca de 49% de alumina disponível no minério. Perde apenas, em teor de alumina, para a bauxita encontrada em solo africano, que detém cerca de 50% de concentração.

O minério localizado na Amazônia também possui outras características importantes para figurar entre os melhores do planeta, apresentando pouca quantidade de areia e elementos químicos, de uma forma geral.

Recuperação das áreas mineradas - A mineração de bauxita é planejada de modo a compatibilizar a atividade e o respeito ao ambiente. A retirada da cobertura vegetal será feita cuidadosamente, de modo que possa ser recolocada ao término do uso do solo, após a mineração da bauxita.

A distribuição da terra será uniforme para criar condições necessárias para revitalizar a atividade biológica e o ciclo natural de nutrientes da área minerada. A flora será restabelecida no ecossistema e monitorada pela empresa para que seja reconstituída da forma mais próxima à original.

O reflorestamento das áreas irá ocorrer simultaneamente ao avanço das frentes de lavra. Estima-se que, em no máximo dois anos, após o término da operação, as áreas ocupadas pelo projeto estejam reflorestadas, com os plantios já realizados.

Juruti é um empreendimento que protege ao máximo possível o meio ambiente. Todas as áreas de construção passam pela devida recuperação, mediante modernas técnicas de revegetação – hidrossemeadura e biomantas – além do plantio de 80 mil mudas de árvores nativas da região, produzidas em viveiros próprios e comunitários, para revegetação das áreas mineradas. Graças a essa técnica, em 1990 a Alcoa foi incluída no Rol de Honra Global 500 do Programa de Meio Ambiente da ONU – a única mineradora que o integra – por sua atuação na Austrália. O mesmo trabalho, realizado em Poços de Caldas-MG, antecedeu a legislação brasileira nesse sentido e é considerado modelo no Brasil e no mundo.

A Mina de Juruti - Cerca de 28 milhões de metros cúbicos de terra movimentada, 55 mil metros cúbicos de concreto estrutural, 26 mil toneladas de estruturas metálicas e sete mil toneladas de trilhos. Esses são alguns números para construir a Mina de Juruti, que se iniciou em Julho de 2006 e foi inaugurada em 15 de Setembro. Foram investidos R$3,5 bilhões no empreendimento, dividido em quatro setores:

Lavra ou Mineração - Tudo começa na mina, com a o método de decapeamento e lavra a céu aberto, em tiras ou faixas.

Beneficiamento - Após a etapa de mineração, a bauxita segue para a área de beneficiamento, onde passa por alguns processos: moagem, homogeneização, lavagem, peneiramento e estocagem. As instalações industriais da área de beneficiamento de bauxita, situadas a cerca de 60 quilômetros da cidade de Juruti, foram erguidas nas proximidades do platô Capiranga, a primeira a ser minerada.

Ferrovia/Rodovia -Depois de estocada e pronta para o embarque, a bauxita é transportada por meio de pás carregadeiras para os vagões e composição ferroviária, com destino ao porto. A ferrovia tem 55 quilômetros de extensão e opera com 40 vagões, cada um com capacidade de 80 toneladas. Longos trechos da ferrovia foram construídos paralelamente às Rodovias Estaduais PA-192, PA-257 e PA-260, que também ganharam melhorias como asfalto e sinalização, nos trechos que atravessam áreas habitadas. Foram adquiridas duas locomotivas diesel-elétricas, com 3.300 HP de potência bruta e 3.000 HP de potência de tração, para conduzir os 40 vagões que transportam a bauxita.

Porto - Ao chegar ao Terminal Portuário, a bauxita é distribuída em pátios de minério, onde perde a umidade e aguarda para ser embarcada no navio rumo à Alumar, em São Luís-MA. O Terminal Portuário de Juruti tem capacidade para acomodar navios de 75 mil toneladas e está localizado a dois quilômetros do centro do município.

Da bauxita ao alumínio - Toda a rota da bauxita, desde sua remoção em Juruti até o refino da alumina e produção de alumínio em São Luís: Mina de Juruti-PA - O processo conta com os seguintes estágios: remoção da cobertura vegetal e limpeza da área; estocagem do solo orgânico (para a reutilização na reabilitação da área); decapeamento; desestruturação prévia do minério; escavação e carregamento; transporte do minério; britagem para redução de tamanho; lavagem do minério, transporte da usina para o local de expedição (porto); estocagem e carregamento de navio. Este processo não envolve qualquer transformação química do minério, ou seja, o concentrado tem em sua composição os mesmos minerais (óxidos hidratados de alumínio, alumino-silicatos, sílica etc.) encontrados no subsolo. De Juruti segue diretamente para a capital maranhense.

Alumar-MA - Da bauxita é extraída a alumina, que, por meio do processo de redução, é transformada em alumínio. A produção é constituída por uma série de reações químicas. A bauxita é moída e acrescida de uma solução de soda cáustica, que a transforma em pasta. Aquecida sob pressão e recebendo novas quantidades de soda cáustica, esta massa se dissolve e forma uma solução que passa por processos de sedimentação e filtragem. Nesta etapa são eliminadas todas as impurezas e a solução restante fica pronta para que dela seja extraída a alumina.

Em equipamentos chamados precipitadores, a alumina contida na solução é precipitada pelo processo de "cristalização por semente". O material resultante precisa ser lavado e seco por aquecimento. Assim é obtido o primeiro estágio da produção de alumínio: a alumina, que se apresenta sob a forma de pó branco e refinado, semelhante ao açúcar.

Nesta fase de refino o processo químico denominado Bayer é o mais utilizado. Nele a bauxita é dissolvida em soda cáustica e, posteriormente, filtrada para separar todo o material sólido, concentrando-se o filtrado para a cristalização da alumina. Estes cristais são secados e calcinados a fim de eliminar a água. Então a alumina é finalmente transformada em alumínio por meio de um processo de eletrólise.

Perfil da Alcoa - Há 44 anos no Brasil, a Alcoa Alumínio S.A. é subsidiária da Alcoa Inc., líder mundial na produção e transformação do alumínio, que atua nos mercados aeroespacial, automotivo, embalagens, construção, transportes comerciais e no mercado industrial. Além de alumina e alumínio primários, a Alcoa fabrica produtos transformados como laminados e extrudados, bem como rodas forjadas, sistemas de fixação, fundidos de superligas e de precisão, estruturas e sistemas para construções. A Companhia possui aproximadamente 63 mil funcionários em 31 países e integra pela sétima vez consecutiva o Índice Dow Jones de Sustentabilidade. A Alcoa foi eleita pela quinta vez consecutiva uma das empresas mais sustentáveis do mundo no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça e é uma das fundadoras da Parceria Americana pela Ação Climática (USCAP-United States Climate Action Partnership), uma associação composta por importantes companhias e ONGs ambientais norte-americanas que lutam pela redução significativa das emissões de gases causadores do efeito estufa.

Na América Latina e Caribe, a Alcoa conta com mais de sete mil funcionários e opera em seis estados brasileiros - Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão, Pará, São Paulo e Santa Catarina - incluindo uma nova mina de bauxita, que está sendo instalada em Juruti-PA. Possui operações também na Jamaica, Suriname e Trinidad & Tobago. Além das usinas de Barra Grande e Machadinho, a Alcoa tem participação nos consórcios das hidrelétricas em construção de Estreito, na divisa do Tocantins e Maranhão; e Serra do Facão, entre os estados de Goiás e Minas Gerais. Em 2009 a Alcoa foi incluída pela nona vez entre as Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil, pelo Instituto Great Place to Work. Em 2007 foi uma das "empresas mais admiradas do Brasil", segundo pesquisa publicada pela revista Carta Capital; e destaque no ranking das 500 Melhores Empresas da revista Dinheiro, em 2008. A mesma revista incluiu a Alcoa em sua lista das 50 Empresas do Bem. Também foi reconhecida no Guia de Boa Cidadania Corporativa 2006, publicado pela revista Exame, nas áreas de Valores e Transparência e de Governo e Sociedade. [Site www.alcoa.com.br].

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