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10/10/2009 - 08:56

Fusão entre Brasvending e DAB cria maior player do setor de vending machines

Aporte da DGF Investimentos viabilizou união de líderes deste mercado no Brasil.

Tomar um cafezinho daquelas máquinas automáticas tem se afirmado como um grande negócio no Brasil: estima-se que mais de 65 mil vending machines estejam em operação atualmente. É nesse contexto que dois dos maiores players desse mercado, a Brasvending e a DAB Coffee – duas das principais empresas do País em automação de vendas e serviços de bebidas quentes e frias, snacks e lanches – acabam de assinar um acordo de fusão, criando a Brasvending DAB.

Viabilizada por um aporte da DGF Investimentos – por meio de um de seus fundos sob gestão, o DGF FIPAC focado em empresas de alto potencial de crescimento e consolidação –, a união das empresas resulta em dados expressivos: com faturamento de mais de R$ 120 milhões, 12 mil máquinas, 2,3 mil clientes, mil funcionários, 70 toneladas de café por mês e atuação em todo território nacional. Além disso, com a fusão, as duas empresas passam a liderar o segmento, considerando-se apenas as companhias independentes e exclusivamente fornecedoras desses serviços (já que algumas multinacionais do setor de alimentos e bebidas possuem divisões de vending machines em suas estruturas e máquinas próprias).

Para o diretor da Brasvending, Ricardo Rinkevicius, que co-presidirá a operação ao lado do diretor da DAB Coffee, Carlos Porto, o negócio representa um ganho para a atividade no Brasil. “Trata-se de uma empresa 100% nacional, que vai contribuir para consolidar e ampliar o mercado brasileiro de automação de vendas e serviços a partir de um enorme ganho de competitividade e da possibilidade de prestar um serviço cada vez melhor para os seus clientes”. Ele acrescenta que, a princípio, “as duas marcas serão mantidas, assim como seus principais executivos permanecerão à frente da gestão do negócio”.

Mercado em expansão - O segmento de vending machines cresce de forma sustentada no Brasil desde a estabilização da moeda, essencial para sua implantação. “Há um enorme potencial de expansão do setor no mercado nacional. Além do brasileiro estar mais familiarizado ao uso de máquinas nas suas mais variadas aplicações, há vantagens próprias do sistema, como a redução de custos, a conveniência, a agilidade e a higiene. Outro aspecto é o fato de este ser um canal contínuo de distribuição e venda de produtos diretamente ao consumidor”, analisa Rinkevicius.

Estima-se que, mundialmente, as vendas automáticas cheguem a US$ 250 bilhões – lideradas por mercados como Japão, Estados Unidos e Alemanha. A relação entre o número de habitantes e o número de máquinas nesses países ajuda a visualizar o tamanho do negócio: são 48 japoneses, 90 norte-americanos e 401 alemães para cada vending machine. Já, por aqui, a relação é de 4.150 brasileiros para cada máquina.

Não à toa, a expectativa de crescimento da atividade verde-amarela chega a ser três vezes maior do que a esperada em países líderes. “Cobrindo apenas parte do mercado brasileiro, as operadoras independentes de vending machines já chegam a comercializar 68 milhões de doses de bebidas quentes ao mês. Ao passo que atualmente apenas 20% do negócio dizem respeito aos snacks. Ou seja, há muito espaço para crescer nos dois nichos”, completa.

Além de consolidar a operação no Brasil, a expectativa das duas empresas, em um segundo momento, é também partir para a internacionalização via América do Sul, atingindo inicialmente países como Argentina e Chile.

Controle da inflação e as máquinas no Brasil - O país da cultura do cafezinho conheceu o boom das vending machines na metade da década de 1990 – com a contenção da inflação e a estabilização da economia a partir do Plano Real. Antes disso, o setor era inviabilizado pelos reajustes quase que diários dos preços dos produtos, o que tornava impraticável a operação das máquinas. Data desse período o surgimento da Brasvending e da DAB Coffee, ambas fundadas em 1996 (somadas, contavam com 43 máquinas).

Sem previsão de haver cortes em qualquer das empresas, a fusão representa ganhos de operação e logística, possibilitando uma maior oferta de produtos e atendimento de norte a sul do País. Contará com a DGF Investimentos como sócio-investidor com o objetivo de reforçar sua estrutura de capital e a governança corporativa, possibilitando sua rápida expansão no futuro: “Este segmento apresenta forte crescimento orgânico e fragmentação de mercado. Portanto, com grande possibilidade de consolidação, em linha com a tese de investimento do DGF FIPAC”, diz Frederico Greve, sócio-diretor da DGF.

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