Rio 2016: mais uma oportunidade

O Brasil será sede das Olimpíadas de 2016. O Rio de Janeiro, cidade maravilhosa, foi agraciado com a honra e responsabilidade de receber a principal competição esportiva do mundo.

Desde 1896, em Atenas, os Jogos Olímpicos mobilizam multidões e muitos investimentos. Passado mais de um século de sua primeira edição, a competição se tornou um negócio enorme, que envolve bilhões de dólares em investimentos e sinalizam a possibilidade de crescimento da nação.

Como o país já irá receber a Copa do Mundo de 2014, temos pela frente anos de muito trabalho. E, claro, uma enorme oportunidade para crescermos.

Inicialmente, o orçamento para as Olimpíadas de 2016 estimado pelo Comitê Olímpico Brasileiro é de US$ 29 bilhões, sendo que, deste valor, aproximadamente US$ 25 bilhões viriam dos cofres públicos. O próprio governador do Rio, Sérgio Cabral, já afirmou que os investimentos totais devem ficar em torno de US$ 50 bilhões.

A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, anunciou também, recentemente, que o Governo pretende criar dois PACs (Plano de Aceleração do Crescimento) exclusivos para cada competição – Copa e Olimpíadas.

É de notório saber que o maior benefício de um evento como esse é a herança deixada pós-realização. Ou seja, as arenas esportivas de enorme qualidade, um serviço público melhorado, gargalos logísticos resolvidos, problemas de distribuição de renda diminuídos e por aí vai.

Para tanto, será preciso uma enorme fiscalização sobre todos esses gastos, algo que não aconteceu, por exemplo, nos Jogos Pan-Americanos de 2007, realizados na capital fluminense.

Por isso existe uma carência enorme por investimentos em Parcerias Público-Privadas (PPPs), uma forma eficiente de garantir boa qualidade no serviço prestado e fiscalização constante.

As PPPs possibilitam benefícios diretos para os governos e impedem que se realizem dispêndios que prejudiquem o escoamento adequado do orçamento. Além disso, geram negócios também para a iniciativa privada.

A Parceria Público-Privada é um modelo de concessão no qual o Estado assume a liderança e busca por alianças com o setor privado para que este participe em uma ou mais etapas de um processo de investimento. Os principais benefícios das PPPs são previsibilidade ao orçamento público, melhoria dos serviços, redução de atrasos nas obras e estouro nos custos previstos.

Regulamentadas em 2004, as PPPs têm na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas de 2016 a real possibilidade de deslancharem de uma vez por todas no Brasil. E isso, certamente, resultará em ganhos para toda a população.

Além disso, o cenário para investimentos no país é amplamente favorável. Recentemente a agência internacional Moody's concedeu o grau de investimento ao Brasil, o que gerou mais confiança ao país. Com a avaliação, o país está no primeiro estágio da medição e foi apontado como um destino seguro para aplicações.

Chegou a hora de fazer acontecer.

. [Por: Igor Furniel, diretor executivo da Actuale, empresa especializada na viabilização de Parcerias Público-Privadas. E-mail: [email protected]].