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03/05/2007 - 08:43

Executiva dá dicas de como aliar vida profissional à educação dos filhos

Mirian Zacareli afirma que os momentos de convivência em casa devem ter mais qualidade do que quantidade

São Paulo - Boa parte das mulheres sempre se questiona sobre qual o melhor momento para ser mãe, uma vez que, de algumas décadas para cá, a meta dessas guerreiras femininas está cada vez mais voltada ao sucesso profissional e financeiro. Entretanto, há aquelas que, com amor e muita dose de carinho, paciência e compreensão, conseguem alinhar todos os segmentos da vida.

“O fato da mulher ir para o mercado de trabalho pode passar a ilusão de que a educação dos filhos possa ficar em segundo plano, ou que a dedicação ao marido não seria diferente se ela estivesse mais presente, o que na verdade não passa de um grande paradigma imposto pelas nossas avós e mães”, afirma a executiva Mirian Zacareli, mãe de Christhiano, de 30 anos.

Mirian confessa que nem sempre é fácil conciliar várias atividades ao mesmo tempo. Por isso, organização é fundamental. “Disponibilidade de tempo é exigência dos altos cargos de chefia e isso é um aspecto que marca as gerentes, pela exigência no cumprimento de metas, na constante atualização, restando, daí, poucas horas para dedicação ao estudo e à família”.

Por essa razão, muitas profissionais sentem-se divididas entre seus papéis de mãe e de profissional e se culpam por acharem que houve perda na participação familiar. Daí estarem, agora, à procura do equilíbrio neste setor de suas vidas. Essa, porém, não é a realidade de Mirian. “Encaro essa questão com mais naturalidade. Dedico os meus momentos de folga à família, proporcionando maiores possibilidades educacionais e melhoria no entretenimento, fazendo com que a nossa interação seja mais proveitosa. O que adianta ficar o dia todo ao lado do filho se em muitos casos a criança fica de um lado da casa e a mãe de outro?”, ou às vezes ficam próximos mas sem uma conversa de verdade, uma troca de experiência, ou sem contar uma estorinha infantil, dessas que a gente nunca esquece quando é contada pela mãe? questiona a executiva.

É notável a presença feminina em treinamentos oferecidos pelas empresas, em especial os de chefia. Essa iniciativa em capacitar-se deve-se ao fato de que a ascensão profissional, no universo estudado, efetiva-se por meio de concursos internos, o que gera uma preocupação constante das mesmas em participar permanentemente de processos de reciclagem, como forma de atualizar seus conhecimentos.

Estudiosos dizem que as mães viajam menos a negócios que os pais. Mas um relatório da Travel Industry Association, em Washington, revelou que as mulheres totalizaram 43% dos passageiros em viagens de negócios em 2004. Em 2000, a proporção equivalia a 39%. “As viagens de negócios nunca devem ser encaradas como pequenas férias ou diversão, como pensam os que estão de fora dos negócios, mas requerem muito mais foco e planejamento das atividades e obrigações do trabalho e da casa , para assegurar um bom aproveitamento do tempo e gerenciamento dos investimentos para superar as expectativas de resultados ”, afirma Mirian.

Mirian defende que as mulheres não querem só trabalho, mas também apoio e cumplicidade dos seus companheiros, para que possam conciliar todas as atividades. “A americana Betty Friedman, ícone do feminismo nos anos 60 e 70, pregava que a mulher não podia ser definida só por suas funções biológicas, mas insistia que os homens deveriam ser aceitos como aliados, e a família não devia ser rejeitada. A mulher deve ser capaz de perguntar, sem sentir-se culpada, ‘quem eu sou e o que eu quero da vida?’. Ela não deve se sentir egoísta ou neurótica por ter objetivos próprios além do marido e dos filhos. Como não há certo ou errado, nosso grande momento é escolher, sem culpa, o melhor caminho a seguir, ou até todos os caminhos ao mesmo tempo. Isso vale também para os homens, nossos parceiros na jornada em que ambos são aprendizes”, defende.

A executiva é contra a postura de algumas mulheres que recusam ofertas ou postos de comandos com a desculpa de que precisam dedicar mais tempo à família. “Essa conquista tão importante não deve ser desprezada de forma alguma. Não concordo com essa afirmação. É preciso mudar a mentalidade dessas mulheres que ainda pensam e se comportam dessa forma. No futuro, quando o filho já estiver encaminhado profissionalmente e o marido, ou companheiro, estiver imerso em seus compromissos profissionais, com certeza ela vai se cobrar quanto à sua situação e ai, em boa parte dos casos, pode ser tarde. Não se desiste do que não se conhece. Esse direito não pode e não deve ser desprezado”.

Entretanto, se a pressão for muita e a mãe quiser propor para a empresa em que trabalha um horário mais flexível para ficar mais próxima dos filhos, o cuidado com a organização e o tempo deve ser redobrado_. “Devido a tantas obrigações do dia-a-dia, a mulher desenvolveu habilidades, competências e qualificações que a tornaram apta para contemplar várias atividades ao mesmo tempo. As competências da vida doméstica são facilmente transferidas para as novas situações de trabalho.”

História do Dia da Mães - As mais antigas celebrações do Dia da Mãe remontam às comemorações primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e mãe dos deuses. Em Roma, as festas comemorativas deste dia eram dedicadas a Cybele, a mãe dos deuses romanos, e as cerimônias em sua homenagem começaram por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo.

Durante o século XVII, a Inglaterra celebrava, no 4º Domingo de Quaresma (40 dias antes da Páscoa), um dia chamado “Domingo da Mãe”, que pretendia homenagear todas as mães inglesas. Neste período, a maior parte da classe baixa inglesa trabalhava longe de casa e vivia com os patrões. No Domingo da Mãe, os servos tinham um dia de folga e eram encorajados a regressar à casa e passar esse dia com a sua mãe.

À medida que o Cristianismo se espalhou pela Europa, passou-se a homenagear a “Igreja Mãe” – a força espiritual que lhe dava vida e o protegia do mal. Ao longo dos tempos a festa da Igreja foi-se confundindo com a celebração do Domingo da Mãe. As pessoas começaram a homenagear tanto as suas mães, como a Igreja.

Nos Estados Unidos, a comemoração de um dia dedicado às mães foi sugerida, pela primeira vez, em 1872, por Julia Ward .

A maioria das fontes é unânime sobre a idéia da criação de um Dia das Mães. E esta partiu de Anna Jarvis, que em 1904, quando a sua mãe morreu, chamou a atenção na igreja de Grafton para um dia especialmente dedicado a todas as mães. Três anos depois, a 10 de Maio de 1907, foi celebrado o primeiro Dia das Mães, na igreja de Grafton, reunindo praticamente família e amigos. Nessa ocasião, a sra. Jarvis enviou para a igreja 500 cravos brancos, que deviam ser usados por todos, e que simbolizavam as virtudes da maternidade. Ao longo dos anos, enviou mais de 10.000 cravos para a igreja de Grafton – encarnados, para as mães ainda vivas, e brancos, para as já desaparecidas – e que são hoje considerados, mundialmente, símbolos de pureza, força e resistência das mães.

Em Portugal, até há alguns anos, o Dia das Mães era comemorado em 8 de dezembro, mas atualmente é no 1º Domingo de Maio, em homenagem a Maria, Mãe de Cristo.

No Brasil, a introdução desta data se deu no Rio Grande do Sul, em 12 de maio de 1918, por iniciativa de Eula K. Long. Em São Paulo, a primeira comemoração ocorreu em 1921. A oficialização se deu por decreto no Governo Provisório de Getúlio Vargas, que em 5 de maio de 1932, assinou o decreto nº 21.366. Em 1947, a data foi incluída no calendário oficial da Igreja Católica, por determinação do Cardeal-Arcebispo do Rio, Dom Jaime de Barros Câmara.

Perfil de Mirian Zacareli - Sua carreira multifuncional foi desenvolvida, ao longo de mais de 30 anos, em um grupo norte-americano de empresas, NCH, de produtos químicos, onde atualmente a executiva exerce o cargo de Diretora de Recursos Humanos. Adquiriu, em outras funções, ampla experiência na área de administração geral, planejamento, produção, processo e controle, cultura organizacional, motivação, liderança, trabalho em equipe e vendas para clientes de grande porte e contas chaves (Key Accounts), além da participação na elaboração do business plan da empresa no Brasil, Chile e Argentina. É pós-graduada em Administração de Marketing pela UNISO (Universidade de Sorocaba), Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela UNISO, e conta com participação em vários cursos de extensão universitária e seminários de desenvolvimento profissional no Brasil, Estados Unidos, Canadá, México, Peru, Argentina e Chile.

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