Usinas de Minas Gerais investem R$ 4 bilhões em projetos geradores de créditos de carbono

O Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Minas Gerais e a Associação das Indústrias de Açúcar e Álcool do Estado de Minas Gerais (AIAA) lançam hoje projeto de geração de créditos de carbono através da queima do bagaço de cana para produção de energia elétrica. A previsão é de investimentos de R$ 4 bilhões até 2015 para ampliação e troca das caldeiras nas usinas já existentes e implantação de novos projetos.

O projeto será desenvolvido por meio de parceria entre as entidades, o banco alemão KfW e a consultoria KEYASSOCIADOS e envolve o desenvolvimento de um projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) Programático. Esse é um formato por meio do qual é possível, a partir de uma única metodologia, agregar vários projetos de um mesmo setor econômico e de uma mesma atividade e, com isso, reduzir significativamente os custos e prazos de transação.

A consultoria Keyassociados será a responsável pelo desenvolvimento da estrutura do projeto e o KfW bancará todos os custos em troca do direito de compra dos créditos de carbono a preços de mercado.

Atualmente, o Brasil comparece como terceiro colocado no mundo no desenvolvimento de projetos de geração de crédito de carbono (atrás da China e Índia), sendo que 48,9% deles estão na área de energia renovável. Minas Gerais aparece como segundo colocado no país em número de projetos.

Perfil: A Keyassociados é uma das principais empresas especializadas em sustentabilidade e créditos de carbono do País, tendo desenvolvido projetos relacionados às mudanças do clima em empresas como Vale, ArcelorMittal, Petrobras, Friboi, Marfrig, Sabesp, Cemig, Malwee, Itambé, Schincariol e Rigesa, entre outras. A consultoria tem uma carteira de mais de 20 milhões de créditos a serem gerados nos próximos dez anos.