Estado de Minas Gerais, no Brasil, ampliará os serviços de eletricidade em 19 municípios de sua região noroeste com ajuda do BID

Empréstimo de US$ 10 milhões estimulará o desenvolvimento econômico, melhorará os padrões de vida e reduzirá a pobreza em uma área onde vivem cerca de 328.000 pessoas.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento aprovou um empréstimo de US$ 10 milhões para ajudar a financiar a expansão dos serviços de eletricidade no Estado brasileiro de Minas Gerais, estimulando o desenvolvimento econômico, melhorando as condições de vida e contribuindo para a redução da pobreza em 19 municípios no noroeste do Estado.

O projeto financiará a expansão da cobertura dos serviços de energia, concedendo incentivos ou contribuições oferecidas pelos governos estadual e federal para a Companhia Energética de Minas Gerais Distribuição S.A. (CEMIG-D) a fim de promover investimentos em transmissão, recuperação e expansão da rede de distribuição de energia.

Esses incentivos são necessários porque as tarifas de eletricidade em áreas rurais e periurbanas de baixa renda não cobrem os custos da infraestrutura básica.

Embora Minas Gerais seja a terceira maior economia do Brasil, sua região noroeste, onde vivem cerca de 328.000 pessoas, ainda é bastante subdesenvolvida, em grande medida por causa de infraestrutura insuficiente no setor energético.

Por exemplo, muitos dos 480 produtores agrícolas de grande escala, 13.000 de média escala e 1.000 de pequena escala — a maioria produtores de grãos — são forçados a usar sistemas de irrigação movidos a diesel por falta de serviços de eletricidade adequados.

O financiamento do Banco apoiará os planos de conectar não só os agricultores, substituindo a irrigação a diesel, mas também as residências rurais e periurbanas por meio dos programas Luz para Todos e Clarear, executados pela CEMIG-D.

A maior parte dos fundos financiará incentivos para obras de transmissão de alta e média voltagem, incluindo a expansão de três subestações existentes e a construção de três novas subestações, 160 km de linhas de transmissão de 138kV e 1.370 km de alimentadores de média voltagem.

Além disso, os recursos financiarão incentivos para investimentos que incluem expansão da rede de distribuição de energia para alcançar residências rurais e periurbanas, instalação de linhas de distribuição e medidores e instalação em cada residência de quatro tomadas elétricas.

Esses investimentos aumentarão a eficiência do sistema de distribuição por diminuir as perdas de energia, ajudando, em última instância, a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

O empréstimo do Banco terá prazo de 25 anos, incluindo um período de carência de dois anos, com taxa de juros variável baseada na Libor. Os governos federal e estadual fornecerão mais US$ 6,22 milhões em fundos locais de contrapartida para o projeto.| BID