Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

03/05/2007 - 09:02

Varejo virtual: uma tendência do futuro

Nos últimos anos, a internet vem revolucionando diversos setores da economia. No entanto, apesar da força da rede mundial de computadores, o setor supermercadista foi um dos que menos sentiu os efeitos dessa revolução tecnológica. O apego do brasileiro em realizar as compras e escolher os produtos in loco – principalmente alimentos e roupas – impediu que a compra pela internet avançasse entre os varejistas. Além disso, o consumidor habituou-se a ir mais vezes às lojas e a realizar compras menores. Parecia que as compras on-line não iriam ter no Brasil a mesma dimensão que alcançaram em outros países, como nos Estados Unidos e na Europa.

No entanto, o mercado de vendas pela internet amadureceu. Após um período de adaptação à realidade brasileira, o sucesso do modelo de vendas de empresas de comércio eletrônico, como Submarino e Lojas Americanas, que têm um faturamento conjunto de R$ 1,6 bilhão, começou a mexer com o setor varejista. Trata-se de um mercado expressivo: em 2006, o comércio online movimentou R$ 4,4 bilhões. Grande parte dos produtos vendidos pela web também é oferecida pelas cadeias de hipermercados, tais como artigos de utilidades domésticas e eletroeletrônicos. Um mercado potencial desse porte não escapa à atenção dos varejistas. Esse processo de redescobrimento das vendas online foi captado pelo 30º Ranking ABRAS2007, divulgado na semana passada pela Associação Brasileira de Supermercados.

De acordo com a pesquisa, em 2006, as vendas online de 22 empresas, que atuam nesse nicho e correspondem a 17% do setor, dobraram em relação ao ano anterior. No ano passado elas representaram 0,4% do total de vendas dessas companhias. O universo pesquisado é pequeno e o percentual ainda não é representativo. Mas esse crescimento aponta uma tendência. Nos próximos anos, os grandes supermercadistas não devem ficar de fora dessa modalidade de venda. E a explicação é uma só: as bases necessárias ao desenvolvimento do comércio virtual estão em vias de consolidação.

Para começar, o acesso ao computador e à internet vem aumentando consistentemente. O Amélia, do Pão de Açúcar, por exemplo, foi um produto revolucionário. Mas que estava à frente do seu tempo. Quando foi lançado, em 2000, havia no País 9,8 milhões de pessoas com acesso à internet. Hoje, já são mais de 21 milhões. Além disso, cerca de 73% do comércio virtual é faturado com cartão de crédito. E só recentemente houve o boom do uso dos plásticos em todas as camadas da sociedade. As compras pela internet ficam ainda mais promissoras quando se compara seu tíquete médio com o dos supermercados. O valor médio de cada transação on-line é de cerca de R$ 296, segundo dados da e-bit. Já nos supermercados, fica em torno de R$ 20. O futuro do comércio eletrônico promete.

.Por: Sussumu Honda, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS)

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira