Eleições 2010 – Dólar pode sofrer fortes oscilações

Moeda americana chegou a valer R$ 4,00 em 2002.

As constantes quedas do dólar podem esconder o comportamento da moeda em um futuro próximo, no ano de 2010. Os períodos eleitorais, são sempre marcados por grandes solavancos na moeda americana, não apenas no Brasil, mas em todas as principais economias do mundo.

Um grande erro do investidor, é agir no calor nas emoções e não fazer uma análise macro da economia. Precisamos sempre lembrar do que ocorreu em 2002, quando o então candidato Lula, possuía chances reais de ser o novo presidente. O dólar simplesmente disparou e atingiu a incrível marca de R$ 4,00. “Não há duvidas de que o processo de transição de governo e as eleições como um todo, irão afetar nosso mercado”, explica Fernando Bergallo, operador sênior de câmbio da Tov Corretora.

Para Bergallo, alguns fatores, entre eles: O comando do Bacen e o partido que poderá vencer o pleito, deixarão o mercado em alerta. “A luz amarela já está acesa. Hoje, a presença do Henrique Meirelles à frente do Banco Central, traz uma segurança enorme para o investidor externo que movimenta com força o mercado financeiro nacional. Caso os investidores sintam uma insegurança sobre o futuro do país, sem dúvida posições deverão ser reduzidas.”

Outro fator preponderante para o patamar do dólar, é a elevação do Investiment Grade para o Brasil, pela agência Moody`s. Alguns fundos só investem em locais que possuam grau de investimento, por trazer uma maior segurança. “Como exemplo, podemos citar os fundos canadenses, que por força de seus estatutos, só investem em países com a tríplice recomendação. Até o final do ano, devemos receber entre US$ 20 e US$ 30 bilhões”, ressalta.

O operador sênior ainda destaca que, mais importante que o investiment grade, seja a presença de Henrique Meirelles. “Talvez, a grande expectativa esteja em relação ao comando do Banco Central. Embora negue publicamente, existe o receio de que o atual presidente da autarquia, Henrique Meirelles, deixe o cargo para disputar o Senado ou o Governo de Goiás. Caso esta possibilidade se confirme, o investidor também pode interpretar a mudança de comando como um risco e passar a reduzir sua posição no país”, finaliza Fernando Bergallo.