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20/10/2009 - 13:21

O Povo Sorrindo no Shopping

O tempo não ajudou: dia nublado, frio, feriado, e acabei fatalmente indo ao shopping. Estacionar no piso térreo, nem se fale! Não havia nenhuma vaga. Comecei, então, a dança de tentar o piso superior, rampa após rampa. Por fim encontrei o que estava procurando: uma simples vaga. Foi aí que me lembrei de que era véspera do Dia das Crianças e encontrei, enfim, a justificativa pela falta de vagas.

Descendo pela escada rolante, com olhar curioso, senti algo diferente naquele dia. As pessoas, os rostos, as roupas eram outras; o modo alegre de caminhar denunciava que aquele passeio, aquele dia, aquela compra, era especial. O shopping estava repleto de novos frequentadores - gente humilde, bem-vestida, com pacotes, e o rosto iluminado como eu nunca tinha visto. Muitos vinham da periferia, de ônibus, metrô, mas com uma certeza: consumir no Dia das Crianças, talvez como não faziam havia muito tempo.

Não é à toa que as vendas do Dia das Crianças surpreenderam o comércio varejista e já sinalizam um bom Natal. Duas pesquisas de instituições diferentes divulgadas ontem indicam que o desempenho das lojas neste ano foi cerca de 8% maior que o registrado na mesma data de 2008. O Dia das Crianças foi até agora a melhor data comemorativa de vendas para o varejo do ano, superando o Dia dos Pais.

Na preferência por presentes, os brinquedos lideram a lista e aumentam a representatividade na comparação com o Dia das Crianças do ano anterior. Cresce também a demanda por roupas, calçados e eletrônicos, que contam com grande variedade de produtos e preços, coerentes com a preferência de pagamentos à vista.

Consumir e presentear são um ato de generosidade dos mais pobres, essa parcela da população que há anos foi excluída e que agora ressurge num colorido real, formando um mosaico de gente diversa, alegre, com sede de futuro. Sonhar com dias melhores é exercitar o sentido de justiça, e as datas ficam bem mais alegres com o povo comprando, as crianças sorrindo, os estacionamentos lotados. Mesmo num dia nublado, num feriado lembrado, vendo rostos risonhos de gente feliz, que agora consome, ajeita a vida, criando um novo mercado para o nosso País.

. Por: Fernando Rizzolo, Advogado, Pós Graduado em Direito Processual, Professor do Curso de Pós- Graduação em Direito da Universidade Paulista (UNIP), Coordenador da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo, e membro efetivo da Comissão de Direito Humanos da OAB/SP, Articulista Colaborador da Agência Estado, e Editor do Blog do Rizzolo – www.blogdorizzolo.com.br, e autor do livro " Plano Detalhe" publicado pela Editora Giz.

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