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27/10/2009 - 11:24

São Paulo recebe a 1ª mostra de produtos e serviços da economia solidária

Entre expositores e visitantes, mais de 3.000 pessoas devem comparecer à 1ª Mostra Conexão Solidária para a comercialização dos produtos e serviços desse setor da economia

Para estreitar e qualificar as relações entre o grande potencial produtivo de iniciativas conhecidas como "empreendimentos solidários" e empresários de diferentes setores da economia, a Agência de Desenvolvimento Solidário (ADS) realiza, entre os dias 28 e 31 de outubro, a 1ª Mostra Conexão Solidária, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP). Durante os quatro dias de evento, cerca de 170 empreendimentos estarão presentes expondo produtos e serviços às empresas das áreas Financeira, Varejo/Comércio, Indústria, Serviço e Serviços Públicos, entre outros, que entendem ser a economia solidária um diferencial competitivo em suas estratégias de negócios.

Nova dinâmica de produção que privilegia o desenvolvimento sustentável associado à geração de trabalho e distribuição de renda, a economia solidária é reconhecida como a principal alternativa em favor da inclusão social e da democratização econômica. Com a produção de bens, a prestação de serviços, os empréstimos solidários, as trocas, o comércio justo e o consumo solidário (sem agressão aos recursos naturais e entendendo o ser humano como ator e também como fim da cadeia produtiva), promove o desenvolvimento local e sustentável.

Nesse contexto, a ADS - entidade que, há dez anos, atua no incentivo de projetos relacionados à economia solidária - identificou a necessidade de conhecer melhor a estrutura e a organização dos empreendimentos solidários, além de entender como está posicionado o mercado para esses produtos. Os resultados das pesquisas realizadas a pedido da ADS feitas pelo DIEESE e pelo ACERTE com o patrocínio da Petrobras, sinalizaram a urgência na aproximação desses universos de maneira mais assertiva.

O coordenador da ADS, Ari do Nascimento, comenta que, mesmo com o crescente desenvolvimento de políticas de Responsabilidade Social nas empresas, ainda existe um grande desconhecimento sobre o potencial comercial dessa relação. "Essa percepção deve-se, em grande parte, à não profissionalização desses empreendimentos solidários no que diz respeito à comercialização dos produtos fabricados por eles", explica.

Dos entrevistados representantes de mais de 200 empresas que investem em responsabilidade social 95% disseram ter interesse nesses produtos. "Esse número é muito positivo, mas, ao mesmo tempo, deixa claro que as empresas desconhecem o que a economia solidária já oferece. A falta de informações sobre o setor é o principal motivo da relação comercial ainda incipiente entre a oferta e a demanda", completa Nascimento.

Para modificar esse quadro e também oferecer oportunidade de aperfeiçoamento das técnicas comerciais aos empreendimentos, a 1ª Mostra Conexão Solidária, a ser realizada com o patrocínio da Caixa Econômica Federal, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), do Banco do Brasil, do Itaú, do Banco Máxima, do SEBRAE, do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho, do Governo do Estado do Ceará e da CUT (Central Única de Trabalhadores), apresentará um formato que vai além da exposição de produtos e serviços. O espaço será também um ambiente de capacitação dos empreendimentos solidários, estímulo ao aperfeiçoamento de seus produtos e serviços e técnicas de comercialização, que garante a ampliação de oportunidades de comercialização e atuação no mercado, além de rodadas de negócios entre empreendimentos e empresas.

Representantes do setor privado e público também estarão presentes para ministrar painéis e oficinas com o objetivo de debater temas e trocar experiências relacionadas à economia solidária, a fim de apontar as melhores sugestões para otimizar a relação comercial entre o setor produtivo e as empresas.

A 1ª Mostra Conexão Solidária tem entrada gratuita e é aberta ao público em geral. A expectativa da organização é receber mais de 3.000 pessoas, entre centrais de cooperativas, empreendimentos e empreendedores solidários, cooperados de todo o País e exterior, representantes de entidades públicas e privadas, representantes de redes varejistas e atacadistas, redes hoteleiras e demais públicos interessados no tema.

Perfil da AGência de Desenvolvimento Solidário - A Agência de Desenvolvimento Solidário (ADS) é uma associação civil sem fins lucrativos que atua na promoção da economia solidária e no desenvolvimento sustentável para o fortalecimento e a constituição de cooperativas e de empreendimentos coletivos solidários como meio de gerar trabalho e renda para trabalhadores que buscam formas alternativas de inserção social. A ADS contribui, há dez anos, para a construção de uma sociedade democrática, organizada de forma solidária e participativa, voltada para promover melhores condições de vida, considerando seus aspectos sociais, ambientais, políticos, sindicais, culturais e econômicos.

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