Pombos: uma praga urbana que oferece riscos a escolas, universidades, praças, casas e indústrias

A imagem de pombos sendo alimentados pode até ser bonita, mas está longe de ser coerente com os riscos que oferecem à população. Especialistas classificam os pombos como praga urbana, capaz de causar sérios prejuízos econômicos para a cidade e, principalmente, transmitir diversas doenças.

“Por serem muito ácidas, as fezes dos pombos corroem monumentos, danificam a pintura dos automóveis e descolorem as pedras das edificações. Quando secas, os fungos e bactérias presentes se espalham pelo ar, transmitindo doenças respiratórias, provocando asma e dermatites”, afirma a bióloga Sônia Moura, gerente técnica da Praxxis Controle de Pragas, empresa do Grupo Brasanitas.

Para Sônia, que promove palestras em indústrias, hospitais e universidades esclarecendo sobre como algumas mudanças físicas e comportamentais são importantes para que o controle de pragas seja bem-sucedido, “é preciso que as pessoas tenham em mente a ‘regra dos três A’. Não se deve fornecer alimento, água, nem abrigo às pragas, sejam elas ratos e baratas, sejam pombas e rolinhas”.

A bióloga aconselha a população a manter telhados e caixas d’água sempre em bom estado de conservação e limpos. “Moradores que sofrem com a presença de pombos nos parapeitos das janelas podem utilizar fios de nylon esticados ou espículas (elementos pontiagudos) encontradas em casas especializadas para impedir que as aves pousem”, diz Sônia. “Em indústrias de alimentos, as áreas de descarregamento e carregamento devem ser constante e rigorosamente higienizadas, para que os pombos não sejam atraídos pelos alimentos que podem vir a cair e suas fezes contaminem os produtos. Para remover as fezes de pombo é necessário umedecê-las antes e, de preferência, fazer uso de máscaras ou panos úmidos, tapando nariz e boca”.