Exportações de pequeno valor passam a ser contabilizadas para a balança comercial

Brasília - As operações de exportação consideradas de pequeno valor passam, a partir de agora, a ser contabilizadas para o resultado da balança comercial. Com a decisão da Secretária de Comércio Exterior (Secex) de incluir no saldo comercial a Declaração Simplificada de Exportação (DSE), as operação limitadas a R$ 20 mil se somam ao volume total das vendas realizadas pelo Brasil.

A DSE foi criada em 1999 para atender as micro e pequenas empresas exportadoras e tem mostrado resultados significativos. Só no ano passado, o volume de exportações das empresas que usam esse expediente cresceu 53% em comparação a 2005, com a marca de US$ 337,8 milhões.

Os números podem ser ainda maiores se forem consideradas as empresas que passaram a usar a DSE depois que o governo, no ano passado, elevou de R$ 10 mil para R$ 20 mil o teto para que as empresas possam utilizar esse tipo de declaração.

Conforme dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), só no ano passado 9.008 empresas registraram operações simplificadas, com um incremento de 1,4% se comparado a 2005, sendo as micro e pequenas empresas a maioria. Elas representam quase 70% das empresas que usam a DSE para exportar, principalmente manufaturados. Os básicos e semimanufaturados representam apenas 5 %.

No caso dos manufaturados, destacam-se partes e peças de veículos, vestuário feminino, rolamentos e engrenagens, artigos de joalheria, aparelhos de interrupção de energia, calçados, instrumentos de medida e diversificação, partes de motores, instrumentos e aparelhos médicos, bombas e compressores e partes e torneiras e válvulas.

Já para os básicos, os produtos mais vendidos foram goiabas e mangas, pedras preciosas e semipreciosas, peixes congelados e castanhas. Nos semimanufaturados, sucos e extratos vegetais registraram o maior valor de exportação.

Os dados do ministério mostram também que os Estados Unidos continuam sendo o principal mercado comprador para quem exporta através da Declaração Simplificada de Exportação. Em seguida estão Argentina, México, Chile e Alemanha.

O meio mais utilizado é o aéreo e os aeroportos de São Paulo, conforme ainda os dados do ministério, são os mais utilizados em conseqüência do volume maior de exportações originadas no estado, que só em 2006 chegaram a US$ 217 milhões. Em segundo e terceiros lugares estão o Rio Grande do Sul e Minas Gerais, com US$ 27,7 milhões e US$ 20 milhões respectivamente.

Por município, os técnicos do governo detectaram que São Paulo seguido de Manaus, Rio de Janeiro, Guarulhos, São Bernardo do Campo, Baueri, Sorocaba, Campinas e Limeira são os destaques.| Por: Daniel LimaABr