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27/10/2009 - 14:28

Produção de papel na América Latina deve crescer à taxa média anual de 3,1% ao ano

Estimativa de especialista da Pöyry foi apresentada na abertura do 42º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel, em São Paulo.

A produção de papel na América Latina continuará crescendo a uma taxa média anual de 3,1% ao ano, com um incremento de cerca de 10 milhões de toneladas entre 2005 e 2020, permitindo atingir cerca de 27 milhões de toneladas em 2020. A estimativa foi apresentada por Carlos Farinha e Silva, vice-presidente Sênior da Pöyry, na palestra de abertura do 42º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel – ABTCP PI, promovido pela Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel, que acontece até o dia 29 de outubro no Transamérica Expocenter, em São Paulo.

Um dos maiores especialistas do setor de celulose e papel do País, o vice-presidente da consultoria finlandesa Pöyry relatou que, após o forte impacto da crise financeira internacional, o mercado de celulose e papel nacional está começando a se recuperar em algumas regiões e áreas. A tendência é de crescimento estável, mas em patamar inferior ao forte índice registrado anteriormente.

No Brasil, a valorização do real e os subsídios dados por alguns países à produção de celulose são desafios para os fabricantes instalados em território nacional, segundo ressaltou Alberto Mori, presidente da ABTCP. O País, contudo, acompanha a tendência de recuperação, com a vantagem de contar com as melhores plantações de eucalipto do mundo.

“Até setembro, a receita do setor não alcançou os níveis de 2008. Esses resultados só deverão recuperar os mesmos patamares pré-crise em meados de 2011”, diz Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). Segundo ela, as oportunidades para o setor, e para o País como um todo, dependem fortemente de modernização nas políticas industriais, de uma revisão tributária e de uma série de temas em debate no Congresso que são importantes para manter a competitividade no pós-crise.

No segmento de papel, o crescimento médio anual do consumo, segundo relatou o especialista da Pöyry, diminui mais rapidamente do que o crescimento econômico geral, principalmente por causa da saturação do mercado, substituição por mídias de comunicação diferentes e tecnologia da fabricação de papel, por exemplo, com demanda por gramaturas mais baixas.

A demanda mundial de papel e papel cartão deverá chegar a 533 milhões de toneladas até ao ano de 2025, considerando um cenário de alto crescimento da economia mundial, podendo se situar entre 474 milhões e 499 milhões em um cenário de médio e baixo crescimento. A China, Índia e Rússia deverão ser responsáveis por 70% do aumento da demanda de papel e cartão entre 2007 e 2025.

Em contrapartida, a demanda por papel tissue (papel sanitário) tende a crescer acima da média do mercado em todo o mundo. “O papel tissue é a estrela da vez”, ressaltou Carlos Farinha e Silva. Já os papéis de imprimir e escrever (revestidos e não revestidos) ainda devem crescer, mas em patamares bem menores. Os papéis ondulados, por sua vez, também deverão ter demanda crescente à medida que as economias se recuperarem

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