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04/05/2007 - 07:55

Para ABCZ, retomada da importação de embriões de gado zebu da Índia ajudaria a melhorar rebanho brasileiro

Brasília - A Associação Brasileira do Criadores de Zebu (ABCZ) aguarda com expectativa a possibilidade de retomar a importação de embriões de gado zebu da Índia. Desde os anos 60, esse comércio está suspenso, por causa de restrições sanitárias brasileiras. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse no dia 3 de maio (quinta-feira), na maior feira do setor, em Uberaba (MG), a Expozebu, que espera concluir as negociações nesse sentido em visita à Índia, em julho.

O superintendente técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian, explica que a retomada da importação será um um grande passo para o país, já que, hoje, o Brasil apresenta o maior rebanho zebuíno do mundo. Segundo ele, introduzir novas variedades genéticas possibilitará a produção de novas seleções de animais e melhorar a genética da raça como um todo.

“O Brasil apresenta o maio rebanho zebuíno do mundo, o que dá base para a produção de carne e leite no país", diz Josahkian. "O rebanho atual foi formado a partir da importação, ainda na década de 60, de 6.300 cabeças. Hoje, nós temos um estreitamento da base genética do rebanho. Assim, a introdução de um novo material genético poderia sugerir novas seleções, novos rumos”, explica ele.

Hoje, o país tem um rebanho bovino de cerca de 200 milhões de cabeças, dos quais cerca de 80% têm sangue zebu. Josahkian explica que não apenas o aspecto biológico vai ser favorecido com o melhoramento genético da raça. Novas raças poderão ser desenvolvidas, e as exportações de carne poderiam aumentar, avalia ele.

Josahkian lembra que o comércio de embriões de gado zebu, entre Brasil e a Índia, tinha sido proibido pelo governo brasileiro, por questões sanitárias, mas que hoje “as razões não mais se justificam”, uma vez que o país asiático já detém tecnologia na área de produção de embriões com as técnicas adequadas de manipulação do material genético e higiene.

O técnico explica ainda que, originalmente, a proibição se relacionou à possibilidade de que as importações servissem como veículo para trazer ao país um tipo de febre aftosa característico da Índia e não existente no Brasil. Segundo o técnico da ABCZ, as novas tecnologias que a Índia aplica hoje à produção de embriões impedem que isso aconteça.| Por:” Juliane Sacerdote e Grazielle MachadoABr

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