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28/10/2009 - 12:10

Lições que devem ser reaprendidas com a crise global

A crise global que assolou a economia no final de 2008 trouxe à tona algumas lições que tinham sido esquecidas pelo mercado corporativo, mas que agora são imprescindíveis para que as companhias consigam sobreviver nesse novo cenário:

Lição 1: Visibilidade sobre os riscos. No inicio da crise, os bancos de investimento declararam não ter entendido a magnitude dos riscos a que estavam expostos com os ativos “tóxicos” que tinham adquirido. Esta ignorância é uma falha grave dos sistemas de informação, tanto pela incapacidade de diagnosticar a magnitude do problema, quanto para dar maior clareza e visibilidade a todos os interessados na empresa. Essa falha pode gerar uma perda imediata de confiança, destruindo o valor de uma companhia de forma massiva.

Nesta primeira lição, a tecnologia da informação pode desempenhar um papel muito importante. Atualmente, existem ferramentas que permitem identificar e controlar os riscos da empresa, dando clareza a todos os seus interessados sobre a situação atual e futura. Essa transparência de problemas é baseada tanto na identificação ativa dos riscos, quanto na monitoração de potenciais conflitos de interesse nos processos corporativos.

Lição 2: Controle sobre as decisões executivas. Além da clareza, é necessário monitorar ativamente o comportamento de quem toma decisões na empresa. É imperativo alinhar as ações de quem toma decisões aos interesses da organização. Legiões de operadores e executivos desenvolveram mercados que lhes permitiram ganhar fortunas em remuneração variável, mas estes mercados geraram enormes prejuízos a seus empregadores.

Como controlar isso? Aqui também a tecnologia pode desempenhar um papel importante. Por exemplo, se todas as transações são processadas através de um sistema que monitora e bloqueia certas rotinas, é possível impedir operações prejudiciais. Além disso, os administradores devem contar com sistemas de informação que lhes permitam compreender a realidade da empresa e o impacto das decisões de seus executivos. É necessário que tenham total visibilidade do que está acontecendo dentro da organização e de sua rede de negócios e, para isso, precisam de ferramentas tecnológicas, tais como tabelas de indicadores alimentadas com informações puramente transacionais dos processos da empresa. .

Lição 3: Esquemas de incentivo. A crise provocou uma acalorada polêmica sobre a magnitude dos bônus: Ficou demonstrado que não existe alinhamento entre o desempenho e a remuneração dos executivos. Existem aplicações tecnológicas que permitem monitorar a evolução das métricas de desempenho corporativo e individual, a partir das informações transacionais dos processos da empresa. A correta identificação das métricas que descrevem o desempenho de um executivo, combinado com o monitoramento online de seu progresso, permite evitar o desalinhamento entre o que os acionistas buscam no longo prazo e que é pago aos gerentes.

Esta terceira lição é agravada pela falta de implementação das outras duas lições. Isto é, compensar executivos de forma agressiva por seus retornos de curto prazo, quando não há visibilidade dos riscos, nem controle das decisões gerenciais, leva a um fracasso quase garantido.

Contudo, estas três lições deveriam ser um chamado imediato à ação. Todo executivo deveria se perguntar se sua empresa tem processos e tecnologias que lhe permita ter visibilidade dos riscos e controle refinado sobre as decisões e sistemas de incentivo. Em segundo lugar, deveriam ser montados os planos de implementação necessários para corrigir eventuais lacunas que tenham sido identificadas na etapa anterior.

Se desta vez as lições forem aprendidas, teremos empresas mais fortes e reduziremos o risco de repetir crises da magnitude atual.

. Por: Diego Dzodan, diretor de vendas da SAP Brasil

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