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29/10/2009 - 11:50

O paradoxo


O Rio de Janeiro é um grande paradoxo. Enquanto comemora-se o direito de sediar a Copa de 2014 e os Jogos de 2016 ao mesmo tempo vive-se um Estado de Guerra, com a polícia fazendo o que pode dentro de suas possibilidades e os bandidos cada vez mais fortemente armados e audaciosos, derrubando recentemente um helicóptero da PM. O saldo disso são alguns sorrindo e brindando as conquistas no esporte e outros lamentando a perda dos entes queridos. Um lado da moeda que não foi passado no filme promocional exibido em Copenhague aos membros do Comitê Olímpico Internacional.

Se encontramos no Rio uma exuberante beleza natural e um povo receptivo incomparável a qualquer outro do planeta, também notamos uma boa parcela do povo que vive, ou melhor, sobrevive, a uma guerra sem fim. São inúmeras as vítimas da violência. Famílias inteiras convivendo no meio do confronto e contabilizando perdas.

Ao vermos uma união entusiasmada das três esferas, envolvendo diretamente prefeito, governador e o presidente da república para sediarmos Copa e Olimpíada, nos questionamos porque o empenho não é o mesmo para suprir necessidades primordiais da sociedade, como a segurança, a saúde, entre outros. Afinal, serão bilhões de reais em investimentos, mostrando que vontade mais política é igual a realidade.

Fica difícil para qualquer cidadão cumpridor de seus deveres compreender tamanha mobilização e agilidade para certos objetivos e lentidão e descaso para outros. Se há o álibi do fomento ao turismo e do legado desses eventos para a Cidade, há também o apelo da população carioca que só almeja o básico: viver com dignidade.

. Por: Marcos Espínola, Advogado Criminalista.

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