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Petrobras apresenta lucro líquido de R$ 20,7 bilhões em nove meses


O resultado de janeiro a setembro de 2006 foi 33% maior que no mesmo período em 2005, os investimentos foram de R$ 22,6 bilhões, num crescimento de 34%. Já a produção de petróleo e LGN no Brasil cresceu 6%, a produção de derivados no Brasil aumentou 3%, impostos e participações governamentais somaram R$ 55,6 bilhões, e o valor de mercado cresceu 13% , atingindo R$ 190,1 bilhões em um ano.

Nos nove primeiros meses de 2006, o lucro líquido consolidado foi de R$ 20 bilhões 7 milhões, 33% superior ao apurado no mesmo período de 2005. Os investimentos no período alcançaram R$ 22,6 bilhões, 34% superiores ao mesmo período de 2005, marcando novo recorde para os primeiros nove meses do ano, e foram acompanhados por reduções do endividamento líquido de R$ 24,8 bilhões em 31/12/2005 para R$ 20,8 bilhões em 30/06/2006 e R$ 19,6 bilhões em 30/09/2006. Esta sólida atuação financeira foi possível em virtude da forte geração de caixa (EBITDA) de R$ 40,7 bilhões, 18% acima dos R$ 34,6 bilhões gerados no mesmo período de 2005.

Os resultados acumulados nos primeiros nove meses foram suportados por um crescimento da receita operacional líquida da ordem de 20%, alcançando R$ 117,2 bilhões em função do aumento nos volumes vendidos de derivados no país e no exterior (4%), nos preços de derivados vendidos no País (13%), e pelo crescimento de 6% na produção de petróleo e LGN no país. Os preços internacionais do petróleo Brent aumentaram 25% em dólar no mesmo período.

A companhia manteve sua política de preços de alinhamento com o mercado internacional no médio prazo, evitando o repasse de variações sazonais ou localizadas geograficamente. Os preços médios de realização de venda de derivados, denominados em reais, cresceram 13% entre janeiro e setembro de 2006 e igual período de 2005. Considerando a valorização do real neste período, de 13%, o aumento acompanhou a variação dos preços internacionais do petróleo bruto. Adicionalmente, merece destaque a redução das despesas financeiras líquidas (-47%) nos nove primeiros meses de 2006 em decorrência de:

menor apreciação do real frente ao dólar no período de janeiro a setembro de 2006 em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 505 milhões); encerramento dos contratos de hedge sobre o faturamento da PESA, que no mesmo período de 2005 haviam gerado uma perda de R$ 459 milhões.

O lucro líquido no terceiro trimestre foi ainda incrementado pelo aumento do benefício fiscal sobre o provisionamento de juros sobre capital próprio em setembro de 2006 (R$ 746 milhões).

O aumento da receita líquida foi acompanhado por um crescimento de 23% dos custos dos produtos vendidos entre janeiro de setembro de 2006. Este crescimento refletiu a incorporação de valores extraordinários referentes a: ajustes nos custos de produção de gás reinjetado (devido a revisão de práticas contábeis), e revisão de participações governamentais retroativas a 2002 devido a reinterpretação pela ANP de custos incorridos nos financiamentos estruturados do campo de Marlim.

O crescimento do custo de produtos vendidos foi também influenciado pelo incremento de participações governamentais, em função do aumento da produção nacional de petróleo e gás natural em novos campos de alta produtividade como Barracuda, Caratinga, Albacora Leste e Golfinho, e pelo aumento dos preços de referência utilizados pela ANP, que são referenciados ao preço do óleo Brent, cuja cotação teve uma forte escalada no período.

Estes resultados foram parcialmente compensados pelos custos incorridos na recompra de Bonds em julho de 2006 (R$ 321 milhões) e pela liquidação antecipada dos Sênior Trust Certificates em março de 2006 (R$ 29 milhões).

No 3º trimestre de 2006, o lucro líquido cresceu 26% em relação ao 3º trimestre de 2005, totalizando R$ 7,1 bilhões. A receita operacional líquida alcançou R$ 43,4 bilhões, 21% superior ao mesmo período de 2005, também em função do aumento nos preços internacionais e internos.

Investimentos reforçaram metas estratégicas e de negócios - A Petrobras, cumprindo as metas traçadas no seu planejamento estratégico, continua investindo prioritariamente no desenvolvimento de sua capacidade de produção de petróleo e gás natural. No período de janeiro a setembro de 2006, os investimentos totais alcançaram R$ 22 bilhões 637 milhões, representando um aumento de 34% sobre os recursos aplicados no mesmo período de 2005.

Crescimento da Produção e do Refino - A produção de petróleo nacional, no período de janeiro a setembro de 2006, aumentou 6% em relação ao mesmo período do exercício anterior, principalmente devido à entrada em produção das plataformas P-43 (Barracuda), em dezembro de 2004, P-48 (Caratinga), em fevereiro de 2005, P-50 (Albacora Leste), em abril de 2006, e FPSO-Capixaba (Golfinho), em maio de 2006. A estabilização da produção das plataformas P-43 e P48 foi alcançada a partir de junho de 2005.

A produção de petróleo no Brasil aumentou 3% entre os 3º trimestres de 2005 e 2006 em função de atrasos na escalada de produção das plataformas de produção P-50 (Albacora) e FPSO Capixaba (Golfinho). Já em outubro de 2006 a retomada da aceleração da produção nessas unidades levou a empresa a conquistar um novo recorde de produção diária superior a 1,9 milhão de barris, divulgado no dia 24 de outubro de 2006.

No período de janeiro a setembro de 2006, a produção internacional de petróleo foi 18% menor, em relação ao mesmo período de 2005, devido à conversão dos acordos operativos na Venezuela para modalidade de empresa mista, na qual o governo venezuelano passou a ter uma participação majoritária através da PDVSA, bem como ao declínio natural de campos maduros na Unidade Angola e fechamento temporário dos principais campos na Unidade Estados Unidos, devido aos danos no sistema de escoamento da produção após a passagem dos furacões Rita e Katrina. A produção internacional de gás aumentou 2% em relação ao mesmo período de 2005, devido ao acréscimo na demanda do gás boliviano para o Brasil e Argentina.

A produção internacional de óleo do 3T-2006 diminuiu 24% em comparação ao 3T-2005, devido principalmente ao declínio de produção em Angola e à diminuição de participação na produção na Venezuela. A produção internacional de gás aumentou 7% em relação ao mesmo trimestre em 2005, em decorrência de aumento de produção nas unidades Bolívia e Argentina, parcialmente compensada pela perda de participação na produção na Venezuela.

A produção de derivados nas refinarias do País, no período janeiro a setembro de 2006, aumentou 3% em relação mesmo período do ano anterior, devido à melhora do processo de confiabilidade operacional e do menor número de paradas programadas em 2006.

No terceiro trimestre de 2006, a utilização da capacidade instalada nas refinarias no país reduziu 2 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, por restrições de recebimento de petróleo e maior número de paradas programadas para manutenção, em relação ao mesmo trimestre de 2005.

Volume de vendas de derivados - O volume de vendas no mercado interno aumentou 3% no período de janeiro a setembro de 2006, em relação ao mesmo período do exercício anterior.

O crescimento das vendas no período está relacionado, principalmente, aos maiores volumes vendidos de gasolina, devido à redução da proporção de álcool adicionado de 25% para 20% e à perda de competitividade do álcool na escolha dos possuidores de veículos bi-combustível; de nafta petroquímica, em função dos preços mais atrativos com relação aos praticados no mercado internacional e problemas operacionais que afetaram as importações; de gás natural, com destaque para os setores de papel e celulose, vidros, químico, além da intensificação do uso do gás natural veicular no mercado interno; e dos maiores volumes de exportação de petróleo.

O volume de vendas internacionais cresceu 21%, principalmente pelo incremento das operações de offshore, que objetivam capturar oportunidades comerciais no exterior, compensados, parcialmente, pela redução das vendas na Venezuela, em função da conversão dos contratos.

Exportação líquida de petróleo e derivados - Nos nove primeiros meses de 2006 houve um superávit na balança comercial da Petrobras referente a petróleo e derivados de 69 mil barris dia (46 mil barris dia em igual período de 2005).

Em termos financeiros foi gerado um superávit de US$ 152 milhões, com exportações de US$ 8 bilhões 775 milhões e importações de US$ 8 bilhões 623 milhões. Estes resultados podem ser comparados a um déficit de US$ 324 milhões nos nove primeiros meses de 2005, com exportações de US$ 6 bilhões 420 milhões contra importações de US$ bilhões 744 milhões.

Custos de Extração e Refino - O custo de extração, incluindo participações governamentais, no período de janeiro a setembro de 2006 apresentou um crescimento de 24% (10% em reais) em relação ao mesmo período de 2005, em função do aumento do preço médio de referência do petróleo nacional para o cálculo das participações, tendo em vista o aumento das cotações internacionais do petróleo, associado à maior produtividade dos Campos de Barracuda e Caratinga.

Incluindo as participações governamentais, o lifting cost no país relativo ao 3T-2006 aumentou 19% em relação ao 3T-2005 (10% em reais), refletindo o acréscimo no custo de extração ocasionado principalmente por maiores gastos operacionais (transporte, sondas e manutenções corretivas) e custos incorridos na fase inicial de operação dos campos de Albacora Leste e Golfinho.

No período de janeiro a setembro de 2006, o lifting cost unitário internacional aumentou 13% em relação ao mesmo período de 2005, e 12% no 3T 2006 em relação ao 3T-2005, devido aos maiores gastos com serviços de terceiros e materiais na unidade Argentina, em função de reformas em turbinas e reparos em poços.

Maiores gastos operacionais, reflexo dos investimentos efetuados visando adaptar as refinarias para o processamento de óleo pesado e melhorar a qualidade dos combustíveis para atender as exigências ambientais, resultaram em um aumento de 16% no custo unitário do refino no País no período de janeiro a setembro de 2006, em relação ao mesmo período do ano anterior. Descontados os efeitos da apreciação do real em 13%, associados ao percentual em moeda nacional sobre os gastos nesta atividade, o custo do refino aumentou 2%.

Em comparação ao 3T-2005, o custo unitário do refino no País do 3T-2006 aumentou 33%, devido à maior ocorrência de paradas programadas nesse trimestre.

No período de janeiro a setembro de 2006, o custo médio unitário do refino internacional aumentou 16% em relação ao mesmo período de 2005, devido aos maiores gastos com materiais, serviços de terceiros e pessoal na Argentina e nas refinarias da Bolívia, ocasionados por paradas emergenciais para manutenção, ocorridas em janeiro, maio e junho de 2006.

O custo médio unitário do refino internacional, no 3T-2006, aumentou 11% em relação ao 3T-2005, em função da menor carga processada e dos maiores gastos com serviços de terceiros, materiais e pessoal na Argentina, como conseqüência de manutenções programadas para unidades industriais no período.

As ações superaram novamente a performance média do mercado - De janeiro a setembro de 2006, as ações ordinárias e preferenciais acumularam valorização de 9,81% e 9,08%, respectivamente, enquanto o Ibovespa subiu 8,95%.

Os ADRs da Petrobras valorizaram 17,62% (ordinários) e 16,27% (preferenciais) nos primeiros nove meses do ano, apresentando desempenho superior ao índice Dow Jones no período (+8,97%). Além disso, os recibos de depósito da Petrobras vêm sendo os mais negociados na NYSE em 2006, com volume financeiro diário médio de US$ 340 milhões nos nove primeiros meses do ano.

O valor de mercado da companhia alcançou R$ 190,1 bilhões em 30/09/2006, representando um incremento de 13% em relação à posição de 30/09/2005.

Queda no Endividamento Consolidado - O endividamento líquido consolidado, em 30.09.2006, foi de R$ 19,6 bilhões, 6% inferior ao saldo em 30.09.2006 (R$-20,8-bilhões), reflexo, principalmente, da amortização de financiamentos, e da geração de caixa da companhia.. Este desempenho resultou em queda de um ponto percentual na alavancagem financeira.

No 3º trimestre de 2006, a Petrobras International Finance Company – PIFCO, efetuou a antecipação de pagamentos de notes no montante de R$ 2 bilhões 644 milhões e amortizou R$ 544 milhões de linhas de crédito. A estrutura de capital está representada por 46% de participação de capitais de terceiros em 30 de setembro de 2006, com aumento de um ponto percentual se comparada a 30 de junho de 2006. Já o endividamento líquido caiu um ponto percentual, fechando o trimestre em 17% em função da amortização de dívida e da acumulação de caixa.

Contribuição econômica e Participações Governamentais - A contribuição econômica da Petrobras ao País, medida por meio da geração de impostos, taxas e contribuições sociais correntes, totalizou, no período de janeiro a setembro de 2006, R$ 39 bilhões 541 milhões, e a internacional R$ 2 bilhões 903 milhões, totalizando R$ 42 bilhões 444 milhões, com um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2005. v

As participações governamentais no País no período de janeiro a setembro de 2006 aumentaram 22%, em relação ao período de janeiro a setembro de 2005, refletindo o aumento da alíquota de Participação Especial sobre os campos de Barracuda e Caratinga, em função de seus novos patamares de produção, e a elevação de 19% no preço de referência para o petróleo nacional, que alcançou, no período de janeiro a setembro de 2006, o preço médio de R$ 119,56 (US$ 54,78), contra R$ 100,74 (US$ 40,64) no período de janeiro a setembro de 2005, atrelado à cotação do Brent no mercado internacional.

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