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30/10/2009 - 10:19

Economistas esquecem crise e mostram-se mais otimistas em relação à economia, indica Fecomercio

Dos nove itens analisados pelos economistas, apenas três ficaram no patamar de pessimismo: Gastos Públicos, Taxa de Inflação e Taxa de Juros.

São Paulo - Os economistas já superaram o cenário da crise e estão otimistas em relação à economia, segundo o Índice de Sentimento dos Especialistas em Economia (ISE), calculado pela Fecomercio em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB). Em outubro o ISE registrou alta de 3,1% em relação a setembro, chegando aos 111,5 pontos, mantendo-se no patamar de otimismo (acima de 100 pontos). Em comparação a igual mês do ano passado, a alta foi ainda maior de 29%. Mas os economistas ainda continuam receosos com relação a três fatores: Gastos Públicos (14,1 pontos; +1,4%), Taxa de Inflação (81,9 pontos; -18%) e Taxa de Juros (78,6 pontos; -6,5%). Apesar do item Gastos Públicos apresentar uma pequena elevação este mês, está bem abaixo do patamar de otimismo (100 pontos).

Os economistas acreditam que a tendência da taxa de inflação atual e futura (daqui a um ano) é de alta, o que é atribuído ao forte aumento dos gastos públicos, principalmente os de custeio e que normalmente crescem em período eleitoral (2010), além da consequência dos estímulos que o governo ofereceu para resgatar a atividade econômica da crise financeira.

“O Banco Central deverá começar, a partir do início de 2010, a subir novamente a taxa básica de juros (SELIC) para tentar conter uma maior liquidez (excesso de moeda) no mercado”, analisa Dietze. A avaliação dos economistas é de que a taxa de juros, tanto no contexto atual quanto para daqui a um ano, está inadequada para a economia.

Fonte: OEB / FECOMERCIO

Boas notícias - Os itens que apresentam otimismo na avaliação dos economistas são: Nível de Atividade Interna – PIB (176,6 pontos, +7,5%), Cenário Internacional (168,6 pontos, +8,5%), Nível de Emprego (142,3 pontos, +15%), Salários Reais (119,8 pontos, +14,5%), Oferta de Crédito ao Consumidor (114,7 pontos, -5,6%) e Taxa de Câmbio (106,4 pontos, +1%).

O economista da Fecomercio Guilherme Dietze explica que o otimismo dos especialistas nesses indicadores deve-se a dados positivos do cenário nacional e internacional, mostrando que a crise é coisa do passado e que a economia está entrando em uma nova fase de crescimento. Um exemplo importante são as vendas no varejo (Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE), que no ano já acumula alta de 4,7%. “Os consumidores estão confiantes em relação à melhora da economia em geral e principalmente na questão de emprego e renda, estimulando a elevação dos seus gastos”, avalia.

Fonte: OEB / FECOMERCIO

O resultado positivo dos dois sub-índices que compõem o ISE também são fatores importantes para o resultado de outubro. Pela primeira vez o sub-índice Atual, que mede o sentimento dos economistas em relação à economia, ultrapassou a fronteira dos 100 pontos, com a elevação de 7,2%, chegando aos 104 pontos. Em relação às expectativas, que mede o sentimento dos economistas quanto à economia futura (daqui a um ano), ficou praticamente estável com - 0,2%, mantendo-se nos 119 pontos.

Fonte: OEB / FECOMERCIO

Nota Metodológica - O Índice de Sentimento dos Especialistas em Economia - ISE é computado pela Fecomercio, em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil - OEB - desde junho de 2008. A pesquisa detecta as perspectivas dos economistas em relação às tendências da economia nacional e mundial. Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: percepção presente e expectativas futuras. O ISE varia de 0 (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Envolve pesquisa mensal com cerca de 100 economistas renomados de todo País, por meio de metodologia similar àquela utilizada para a apuração do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Fecomercio.

A Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Representa 152 sindicatos patronais, que abrangem cerca de 600 mil empresas e respondem por 11% do PIB paulista – cerca de 4% do PIB brasileiro – gerando em torno de cinco milhões de empregos.

Perfil: A Ordem dos Economistas do Brasil - OEB, entidade civil cultural e de utilidade pública, criada em 1935, é a mais antiga representação dos economistas brasileiros. Voltada ao aprimoramento, atualização e prestígio da categoria profissional, promove cursos, palestras, workshops, sendo credenciada pelo Ministério da Educação para ministrar cursos de MBA lato sensu. Contribui com as faculdades de economia na adequação de estruturas curriculares às necessidades regionais e coopera com as organizações privadas e governamentais em assuntos correlatos ao campo das ciências econômicas. [Twitter - www.twitter/fecomercio]

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