Estímulo aos exportadores pode ajudar na retomada da competitividade, diz Sindicel

Entidades que representam a indústria do cobre no País sinalizam que medidas de incentivo por parte do governo serão fundamentais para a indústria.

O Sindicel e a ABC, entidades que juntas representam toda a cadeia produtiva do cobre no Brasil, afirmam que as medidas anunciadas pelo governo de estímulo aos exportadores podem ajudar na retomada de competitividade industrial nos próximos meses. A iniciativa, que prevê o aumento dos empréstimos aos exportadores a juros subsidiados e o fim do prazo de uso dos créditos de PIS e Confins adquiridos com a compra de máquinas e equipamentos, poderá impactar positivamente na cadeia produtiva.

A medida vem em boa hora, já que os empresários do setor do cobre estão preocupados. O saldo da balança comercial da indústria registrou em junho deste ano déficit de US$ 60 milhões, o maior durante a crise. Nos primeiros oito meses deste ano, o déficit comercial foi de US$ 120 milhões. “Não há dúvidas de que a ação do governo é bem-vinda, principalmente se não se tratar de uma medida pontual, e sim do início de uma política voltada a alavancar os setores exportadores”, explica Sérgio Aredes, presidente da ABC e do Sindicel. “Apesar desta boa notícia, a previsão do setor para este ano ainda é de queda de até 10% no faturamento”, sinaliza.

O setor defende um conjunto de medidas que reduzam os custos financeiros e os altos encargos praticados, e que possibilitem uma taxa cambial mais favorável. “Houve uma retração significativa nas atividades do mercado se comparado com o desempenho e os investimentos realizados em 2008”, diz Aredes. “É essencial, portanto, dar fôlego à indústria e efetivar ações que promovam uma oxigenação mais intensa”, conclui.

Perfil: O Sindicel representa as empresas do setor de fios e cabos elétricos e ópticos e de produtos semimanufaturados em cobre e outros metais não-ferrosos. Fundado em 1979, atualmente reúne 51 empresas em todo o território nacional, representando mais de 90% da totalidade do setor.