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31/10/2009 - 11:49

Desemprego e descontrole são as principais causas da inadimplência

A boa recuperação dos índices de emprego formal, apontada por diversas entidades de pesquisa e anunciada pelo governo, ainda não se refletiu no déficit financeiro acumulado dos consumidores. O desemprego (35%) ao lado do descontrole de gastos (20%) são as principais causas da inadimplência no comércio, seguido pela queda de renda (14%), fiança ou aval (14%) e outras.

As conclusões estão na pesquisa "Perfil do Inadimplente" feita pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDL-Rio – que ouviu 500 consumidores que procuraram o Serviço de Proteção ao Crédito da entidade para regularizar o nome. Dos entrevistados 53% são homens, 39,6% têm entre 31 e 40 anos, 56% tem renda familiar entre um e três salários mínimos, 28% tem o segundo grau completo e 9% tem curso superior completo. Das mulheres (47%), 34% tem entre 21 e 30 anos, 59,6% tem renda familiar entre um e três salários mínimos, 29,8% tem o segundo grau completo e 6,4% tem o curso superior completo.

Eles foram incluídos no cadastro por dívida contraída junto ao comércio, a empresas de cartão de crédito, a bancos e a financeiras, especificamente por débito com o cartão de crédito, compra de roupas e calçados, empréstimo pessoal, compra de eletroeletrônicos e móveis, entre outros. A pesquisa mostra que ao adquirirem o crédito os consumidores informaram que o fizeram através de cartão de crédito, carnê, cartão de loja e por cheque.

Dos entrevistados, 24% estão no cadastro há um ano, 19% dois anos, 18% três anos, 15% quatro anos, 8% mais de quatro anos, 5% não sabem e 3% não responderam.

A pesquisa mostra que 26% tem prestações atrasadas no valor entre R$ 91,00 a R$ 200,00, 22% entre R$ 61,00 a R$ 90,00, 14% entre R$ 36,00 e R$ 60,00, 10% entre R$ 201,00 a R$ 300,00, 5% entre R$ 301,00 a R$ 400,00, 9% de R$ 401,00 a R$ 600,00, 9% acima de R% 600,00, 2% não sabem e 1% informou mais de dois valores. Dos entrevistados 47% pretendem quitar o débito usando recursos do próprio salário, 31% com a parcela do 13° salário, com recursos das férias, 6% com o FGTS, 3% com poupança e outros recursos.

Quando tiveram os nomes incluídos no Serviço de Proteção ao Crédito, 33% estavam empregados e 67% estavam desempregados. Destes 20% trabalhavam no comércio, 11% eram prestadores de serviço e outros 11% por conta própria e 25% em outras áreas. Dos 500 consumidores ouvidos, 33% disseram que a sua situação financeira melhorou em relação ano passado, 33% responderam que piorou e outros 33% responderam que está igual.

Após quitar a dívida 31% dos entrevistados disseram que pretendem voltar a fazer compras nos próximos meses, principalmente de eletrodomésticos, móveis, roupas e calçadas e automóveis, além de outros bens.

Segundo o presidente do CDL-Rio, Aldo Gonçalves, o comércio é o setor que mais sofre com a inadimplência, principalmente as lojas de roupas, calçados e de eletrodomésticos que vendem com prazos mais longos. “Além da retomada do crescimento das vendas no comércio, o nível de inadimplência vem se mantendo estável: no acumulado dos dois nove primeiros meses do ano foi de 2,8% e as dívidas quitadas cresceram 0,6%. Isso mostra que os empresários lojistas têm sempre uma boa proposta de renegociação dos débitos e, com isso, reduzir ainda mais a inadimplência”, concluiu. [ www.cdlrio.com.br ].

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