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31/10/2009 - 12:20

Gilberto Abrão lança “Mohamed, o latoeiro” na Feira do Livro de Porto Alegre

A imigração síria no Brasil do século passado é pano de fundo do livro Mohamed, o latoeiro, de Gilberto Abrão, que contará com uma sessão de autógrafos em 14 de novembro, a partir das 15h30, na Praça Central, durante a 55ª Feira do Livro de Porto Alegre. As peripécias do jovem imigrante, que empresta seu nome ao título do romance de estreia de Gilberto Abrão, deve encantar leitores ávidos por informações históricas e afetivas sobre a presença da comunidade árabe no Brasil. A própria história de vida de Gilberto Abrão, enviado pelo pai aos 10 anos para o Líbano, tornou-se matéria-prima para esse romance singular lançado pela Primavera Editorial.

São Paulo – A 55ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre, que integra as comemorações do Ano da França no Brasil, abrirá espaço também para outras culturas que inseriram um pouco mais de condimento no caldeirão étnico do País. Em 14 de novembro, a partir das 15h30, na Praça Central, Gilberto Abrão conduzirá uma sessão de autógrafos do livro “Mohamed, o latoeiro”, romance que marca a estreia do autor que aos 10 anos foi enviado ao Líbano pelos pais para estudar o idioma árabe e aprender mais sobre a cultura e a religião muçulmana. Educado em dois mundos distintos – o árabe e o brasileiro – o autor usou sua história de vida para transpor para o papel a trajetória fictícia de Mohamed, um jovem imigrante sírio que chega ao Brasil no início do século passado. A Feira do Livro de Porto Alegre acontece de 30 de outubro a 15 de novembro.

O livro “Mohamed, o latoeiro” promete encantar leitores ávidos por informações sobre a presença da comunidade árabe no País. Embora seja uma obra de ficção, há muito de vida real na obra que traça a trajetória de Mohamed Ibrahim Othman – um jovem imigrante sírio que chegou ao Brasil no início do século passado. Em seu vilarejo natal, a vida era regrada pelas tradições familiares e árabes, mas ao chegar ao Ocidente se deparou com uma realidade muito diferente da relatada por parentes que já viviam aqui. Diante do desafio de conseguir algum tipo de trabalho, Mohamed fez de tudo um pouco até estabelecer-se como latoeiro. Conforme os anos iam passando, a saudade da família na Síria só aumentava o desejo de voltar para o local da infância. Entretanto, atrelado ao dia a dia, foi criando raízes na nova terra e misturando a cultura árabe com a brasileira. Por meio da história de Mohamed, o autor Gilberto Abrão compõe um retrato emocionante da imigração árabe no Brasil – suas marcas na cultura brasileira, os amores e dilemas desses imigrantes.

Gilberto Abrão - “Segundo meu pai, o fato de eu ter nascido durante a Segunda Guerra Mundial justifica a minha rebeldia e falta de juízo”, conta Gilberto Abrão, que foi educado em um bairro simples de Curitiba, habitado por imigrantes poloneses, ucranianos, italianos, alemães e alguns sírio-libaneses. Aos 10 anos foi enviado pelo pai ao Líbano com a missão de aprender o idioma árabe, a cultura e a religião muçulmana. “Voltei aos 14 anos, fui estudar à noite e trabalhar durante o dia. O colégio não tinha boa fama, pois aceitava alunos já crescidos, rejeitados ou expulsos de outras escolas. No entanto, o prédio anexo à escola abrigava a Faculdade de Direito de Curitiba, onde acompanhei brilhantes conferências de renomados intelectuais e polítcos, de diferentes vertentes e posições partidárias, das décadas de 1950 e 1960”, detalha o autor.

Rato de biblioteca, Gilberto Abrão leu os grandes clássicos da literatura nacional e mundial – de Machado de Assis a Franz Kafka – além velhos jornais de Angola e Moçambique. Em 1962, o autor se alistou como voluntário das Forças de Emergência das Nações Unidas para guarnecer as fileiras de soldados que atuavam na fronteira entre o Egito e Israel. Por ser fluente em árabe e inglês, permaneceu por 14 meses na Faixa de Gaza. Apaixonado por uma gaúcha, retornou ao Brasil em janeiro de 1965 para lecionar inglês em uma grande escola de idiomas. No ano seguinte, após obter o licenciamento para abrir uma franquia dessa escola de inglês, migrou para a cidade de Novo Hamburgo (RS). No início da década de 1970 iniciou o “namoro” com a literatura ao colaborar com o jornal Zero Hora, no qual publicava crônicas e contos na coluna Sol e Chuva. “Até me aventurei a tecer comentários políticos e tive a honra de ser censurado pela direção do jornal, que nessas ocasiões colocava anúncios em substituição à coluna”, conta.

Amigos – entre eles a professora Juracy Saraiva, mestre e doutora em literatura – desde 1983 insistem para que Gilberto Abrão escreva um livro. Dividido entre “ganhar dinheiro ou fazer literatura”, sempre escolheu a primeira opção. “Por conta de uma cirurgia no joelho, que me obrigou a ficar 40 dias em casa, decidi aceitar a sugestão da minha esposa e iniciar um livro. Comprei um notebook e comecei a escrever Mohamed, o latoeiro”, afirma, acrescentando que ainda continua dando as aulas de inglês.

Link: http://aprimaveraeditorial.wordpress.com/2009/09/03/gilberto-abrao-um-escritor-que-retrata-a-comunidade-arabe-em-palavras. | Categoria: romance | Formato: Formato 16 x 23 cm | 432 páginas | Acabamento: brochura | ISBN: 978-85-61977-11-5| Preço sugerido: R$ 47,80

Primavera Editorial - Investir em novos autores latino-americanos – especialmente os estreantes e com obras que não foram publicadas no Brasil – tem sido uma das linhas editoriais adotadas pela Primavera Editorial. Segundo Lourdes Magalhães, presidente da Primavera Editorial, a editora tem interesse e assumiu o papel sociocultural de “apresentar” ao leitor brasileiro talentos da literatura nacional e estrangeira. “Não aguardamos as grandes feiras do mercado internacional para adquirir direitos das obras, tampouco aguardamos o livro se tornar um sucesso editorial no país de origem. Na prática, contamos com uma rede internacional e informal de leitores com uma visão contemporânea. São formadores de opinião de faixas etárias distintas, gente que antecipa tendências comportamentais, inclusive de leitura”, detalha a executiva, acrescentando que foi dessa forma que selecionou o livro Mohamed, o latoeiro.

Investindo em diferentes linhas editoriais como romances históricos e sociais, ficção brasileira e estrangeira e policiais, entre outras, as obras da Primavera Editorial são associadas à inovação e ao pioneirismo dos conteúdos, além da qualidade da produção gráfica. No portfólio da editora estão títulos de sucesso como La llorona (Marcela Serrano, Chile), 31 profissão solteira (Claudia Aldana, Chile), Solstício de verão (Edna Bugni, Brasil), A décima sinfonia (Joseph Gelinek, Espanha), As duas faces da abóbora (Caco Porto, Brasil), Há muito o que contar…aqui (Alison Louise Kennedy, Escócia), Mohamed, o latoeiro (Gilberto Abrão, Brasil) e A neta da maharani (Maha Akhtar). Pelo selo BIZ – criado para a publicação de livros que fomentam uma cultura corporativa positiva –, a Primavera Editorial lançou o Manual de gentilezas do executivo (Steve Harrison) e As 3 leis do desempenho – reescrevendo o futuro de seu negócio e de sua vida (Steve Zaffron e Dave Logan). Com o selo EDU, uma alusão à palavra inglesa education, associada à educação continuada, a Primavera Editorial criou uma divisão que representa o investimento da editora no segmento de não-ficção. O anel que tu me deste – O casamento no divã (Lidia Rosenberg Aratangy, Brasil); Livro dos avós – Na casa dos avós é sempre domingo? (Lidia Rosenberg Aratangy e Leonardo Posternak, Brasil); e Você sabe lidar com com o seu dinheiro? Da infância à velhice (Marília Cardoso e Luciano Gissi Fonseca, Brasil) são os primeiros lançamentos do selo.

Até dezembro de 2009, a Primavera Editorial lançará mais dois títulos: “O véu”, de Luis Eduardo Mata, e “Na ponta do leque”, de Jocelyne Godard.

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