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07/11/2009 - 08:42

Aço e as mudanças climáticas


Têm sido divulgadas recentemente na imprensa informações sobre a contribuição da siderurgia em relação às mudanças climáticas. Dentre essas, foi citada a possibilidade de o Governo instituir programa para que todo o carvão vegetal usado na produção de aço seja oriundo de florestas plantadas, o que é positivo. Tal medida já vem sendo, entretanto, implementada pela indústria do aço no Brasil, que hoje já possui 75% de suas florestas certificadas.

Quanto à veiculação da possível substituição de todo o consumo de carvão mineral / coque por carvão vegetal, avaliações técnicas e econômicas atestam ser esta uma alternativa inviável. Dentre outros, destacam-se os seguintes motivos: . Cerca de 70% da produção brasileira de aço usa o carvão mineral / coque como elemento redutor, utilizando altos-fornos de grande porte que por razões técnicas não podem ser operados a carvão vegetal.

. O carvão vegetal é usado como redutor somente em 5% da produção brasileira de aço. Nos 25% restantes predomina a produção à base de sucata, 100% reciclada;

. A produção de aço tendo como redutor o carvão vegetal, tecnologia aplicada somente no Brasil, é opção atrativa sob o ponto de vista ambiental, mas tem aplicação restringida por questões relacionadas a escalas produtivas, logística de transporte de madeira e elevadas exigências de áreas para plantio.

. O perfil de produção do aço por rota tecnológica a base de carvão mineral no Brasil corresponde à média mundial. Desta forma, a migração substantiva da produção do aço para a rota a base de carvão vegetal, além das restrições técnicas antes mencionadas, coloca em questão tanto a competitividade do aço brasileiro no mercado internacional como a atratividade do país para novos investimentos no setor.

O Instituto Aço Brasil (IABr) e suas associadas reconhecem a necessidade e a urgência da adoção de medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa que estão acarretando mudanças no clima.

Tais medidas devem observar o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas, de modo a não impedir o crescimento econômico e a melhoria das condições sociais dos países em desenvolvimento, desde que de forma ambientalmente sustentável.

Nesse sentido, cabe ressaltar os esforços que a indústria brasileira do aço já vem desenvolvendo para reduzir as emissões de CO2, como por exemplo: . Os gases de coqueria e de alto-forno gerados na rota a carvão mineral são aproveitados para a cogeração de energia elétrica. A capacidade instalada de co-geração é um pouco acima de 1.000 Mwh, permitindo gerar montante de eletricidade superior a 7,8 milhões de MWh por ano;

. 100% das escórias de alto-forno são utilizadas para produção de cimento, em substituição ao clinquer, reduzindo significativamente as emissões de CO2 desse processo;

. A indústria brasileira do aço tem presentemente 11 projetos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) em operação ou avançado estágio de desenvolvimento;

.As empresas produtoras de aço no Brasil participam de projetos consorciados a nível mundial destinados a desenvolver tecnologias inovadoras de redução de emissão de CO2 no processo siderúrgico.

.Desse modo, o Instituto Aço Brasil, considerando que a indústria do aço no País opera segundo as melhores tecnologias disponíveis, entende que o setor está em perfeita sintonia com os esforços do Governo para redução de emissão de gases de efeito estufa, sem prejuízo das necessidades de crescimento da economia e da qualidade de vida da população brasileira. [www.acobrasil.org.br]

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