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08/05/2007 - 08:57

Pequenas e médias empresas também sabem inovar

Estudo da Anpei mostra que elas investem em inovação tecnológica e desenvolvem novos produtos para o mercado.

Não são somente as empresas de grande porte que se dedicam a atividades inovativas. As pequenas e médias também fazem isso – e com bons resultados. Estudo realizado pela Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), em um universo de 96 empresas de pequeno e médio porte, mostra que 40% delas desenvolveram novos produtos nos últimos três anos.

Esse estudo será apresentado na VII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, a ser realizada em Salvador, Bahia, de 4 a 6 de junho. Ele foi elaborado pelo comitê temático da Anpei sobre Inovação nas Pequenas e Médias Empresas, que se dedicou ao tema nos últimos dez meses.

Para Martín Izarra, um dos integrantes do comitê, as pequenas e médias empresas (PMEs) têm grandes condições de inovar porque, na maioria dos casos, elas enfrentam o desafio natural do crescimento e do desenvolvimento de suas potencialidades. “Além disso, observamos que o proprietário participa em mais de 95% das atividades da empresa, o que gera um ambiente de alta motivação para a inovação”, explica. O próprio Izarra vive essa experiência como proprietário da Brapenta Eletrônica, empresa de médio porte instalada em São Paulo e que investe permanentemente em inovação tecnológica.

Outro dado relevante, destacado por Izarra, foi a constatação de que 40% das 96 empresas entrevistadas desenvolveram algum produto novo nos últimos três anos. “Com isso, podemos dizer que são as PMEs que estão indo na frente em termos de inovação”.

Apesar dessas virtudes, as MPEs enfrentam algumas dificuldades para inovar. Entre elas, a escassez de recursos financeiros, o reduzido envolvimento dos parceiros tecnológicos, a burocracia e a falta de pessoal capacitado. “Além disso, 47% das PMEs altamente inovadoras desconhecem os incentivos à inovação, o que parece inacreditável”, diz Izarra.

O diretor executivo da Anpei, Olívio Ávila, cita outra dificuldade enfrentada pelas PMEs para inovar. “O sistema brasileiro de apoio à inovação foi desenhado mais para apoiar as grandes companhias”, diz. Ele tem a expectativa, no entanto, de que a partir deste ano a situação possa mudar. “Mais recursos estão sendo colocados à disposição das PMEs”, explica Ávila. “Um exemplo é a Lei Geral das micro e pequenas empresas, que determina que elas recebam 20% de tudo o que for destinado pelo setor público para ciência, tecnologia e inovação.”

Quanto às razões para investir em inovação, Izarra diz que para 95% das PMEs entrevistadas pelo comitê, a inovação é a principal ferramenta para expandir e aproveitar as oportunidades do mercado. “Mas os concorrentes e os clientes são os outros fortes motivadores, transformando a inovação numa corrida”, acrescenta. “Quem não investe perde competitividade e oportunidades.” Para Olívio Ávila, uma outra boa razão para as PMEs inovar é fato de estar provado que as empresas que fazem isso se posicionam melhor no mercado. “Elas têm maior produtividade e crescem mais do que as que não inovam”, diz.

Além do estudo sobre inovação nas PMEs, na VII Conferência Anpei haverá a palestra “Inovação na média empresa”, a ser proferida por Wolney Betiol, vice-presidente corporativo da Bematech, fábrica de equipamentos de automação de Curitiba, PR, que se destaca pela sua capacidade inovadora. * Mais informações sobre a VII Conferência Anpei em www.anpei.org.br/viiconferencia

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