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14/11/2009 - 13:58

Fenashore 2009: fortalecimento da indústria naval e offshore, com destaque para navipeças


Carlos Eduardo Macedo, coordenador geral das Indústrias de Transporte Aéreo, Aeroespacial e Naval da Secretaria de Desenvolvimento de Produção do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Terceira edição de evento realizado em Niterói teve mais de 100 expositores e deverá gerar negócios na ordem de R$ 96,5 milhões nos próximos 12 meses.

A Niterói Fenashore 2009 foi encerrada como mais um importante passo para o fortalecimento da indústria naval e offshore do Brasil, com destaque para a Navipeças. Realizado entre 9 e 12 de novembro, o evento recebeu cerca de sete mil visitantes e mais de 100 expositores. Os painéis de discussão com especialistas mobilizaram uma média de 300 pessoas por dia. "Estamos certos de que os representantes da indústria, do governo, da universidade e dos diversos segmentos ligados às atividades naval e offshore saem daqui com uma visão mais alinhada dos desafios que o setor tem pela frente", afirmou Álvaro Teixeira, secretário-executivo do Instituto Brasileiro de Petróleo, Óleo, Gás e Biocombustíveis (IBP).

A rodada de negócios, organizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) e pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), teve 322 reuniões e uma previsão de negócios de R$ 96,5 milhões para os próximos 12 meses, valor 13% superior ao da edição passada. As 14 empresas-âncoras tiveram grande aproveitamento nas negociações com pequenos e médios fornecedores, que se mostraram mais diversificados e competitivos. A análise delas é de que o mercado já observa melhor a demanda, que tem sido mais bem atendida, em qualidade e quantidade.

No encerramento do evento, o coordenador geral das Indústrias de Transporte Aéreo, Aeroespacial e Naval da Secretaria de Desenvolvimento de Produção do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Carlos Eduardo Macedo, apresentou os planos do governo federal para impulsionar o setor: "Não queremos vendedores. Queremos parceiros, mas não abrimos mão do conteúdo local". Ele disse, ainda, que o foco é encontrar um caminho nacional sustentado para a indústria naval. "Há demanda e há oferta. Precisamos facilitar a comunicação entre os dois pontos. Hoje, é mais fácil um empresário contratar um serviço de um estaleiro coreano ou japonês pelo catálogo na internet do que procurar um fornecedor brasileiro."

“Aproximar e identificar o real parque industrial brasileiro, um navio é 33% de casco e o resto é navipeças”,lembrou o coordenador.

Um destes canais de comunicação é o “Catálogo Navipeças”, um portal de divulgação e relacionamento integrado por fornecedores nacionais destinado a contratantes globais da indústria naval que foi lançado, em outubro, na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), no Rio de Janeiro. A iniciativa é da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) – ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - e visa apresentar as empresas capacitadas para fornecimento de bens e serviços utilizados da proa a popa dos navios.

O portal já pode ser acessado, e até o início de 2010 serão realizados sete road shows de apresentação do catálogo. “É um grande prazer participar deste esforço na construção de resultados para ampliar a utilização de conteúdo nacional no setor”, frisou o diretor-geral da ONIP, Eloi Fernández y Fernández, na abertura do evento. Para o presidente da ABDI, Reginaldo Arcuri, “a idéia é que o catálogo represente um novo patamar para a indústria naval brasileira”.

No portal, estarão disponíveis informações sobre cerca de 1.800 itens demandados por esta indústria, efetivando assim a contribuição das entidades envolvidas neste projeto ao incremento do conteúdo nacional nos empreendimentos da indústria naval. O funcionamento é simples e o acesso é gratuito. As empresas interessadas se cadastram diretamente no portal [www.onip.org.br/navipecas] e enviam a documentação comprobatória para a análise dos aspectos técnicos e jurídicos pela Comissão de Avaliação de Empresas (CAE). Em caso de aprovação, a empresa passará a figurar no Catálogo Navipeças, apresentando seus bens e serviços.

A Onip foi a coordenadora e organizadora do portal e a ABDI foi a patrocinadora. Ainda estiveram presentes ao evento o diretor de Transporte Marítimo da Transpetro, Agenor César Junqueira Leite, que representou o presidente da empresa, Sérgio Machado; o coordenador geral das Indústrias de Transporte Aéreo, Aeroespacial e Naval da Secretaria de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Carlos Eduardo Macedo; e o vice-presidente-executivo do Sinaval, Franco Papini.

O coordenador ressalta que o governo federal deseja realmente lincar e fortalecer a cadeia produtiva do setor naval e offshore brasileira e torná-la forte e que seja um eixo na América do Sul, fabricando e reparando para principalmente os países vizinhos, os quais o Sinaval já vem realizando acordo de complementaridade.

Para isso trabalham a partir de projetos como o PSV 3000, pois, segundo ele é de suma importância ter produtos de conteúdo nacional, e neste momento o interesse é parceria com quem abra o baú de tecnologia e inovação para a a indústria brasileira.

Ele elogiou o Estaleiro Atlântico Sul pela educação que vem desenvolvendo em Ipojuca (PE), lembrou do Centro de Simulação Aquaviária do Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar), dos novos oficiais da Marinha Mercante, da criação do Fundo de Garantia da Construção Naval, cuja lei de nº 11.785 está sendo alterada para a 12.050, -o que vai facilitar a vida dos armadores, destaca Macedo.

Sem deixar de mencionar a expertise do IBP em realizar os eventos do segmento com grande sucesso.

Os mecanismos de financiamento, o desenvolvimento de fornecedores competitivos no Brasil e a capacitação de mão de obra também foram bastante discutidos durante o evento.

Para fechar as cortinas, mas não tirar as cadeiras, até a 4ª Edição, José Raymundo Romêo, secretário de Ciência e Tecnologia de Niterói e presidente do Comitê Organizador da Fenashore, elogiou o evento e afirmou que há competência instalada e disponível na cidade e no país. E afirmou que se preocupa, especialmente, com a formação de novos profissionais para o setor: "Temos mais de 190 milhões de brasileiros e apenas 5,4 milhões estão na universidade. Desses, aproximadamente 6% estudam alguma especialidade de engenharia. Precisamos criar novos programas e cursos para atrair e formar novos profissionais".

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