Cloro-soda espera indicadores positivos no 4º trimestre

Setor comemora crescimento da produção e está pronto para atender a retomada da demanda no mercado interno.

A produção de cloro cresceu 1,8% nos primeiros nove meses deste ano, em comparação ao mesmo período de 2008. O crescimento do uso cativo (4%), ou seja, o consumo de cloro na produção de derivados clorados, compensou, em parte, a queda nas vendas no mercado interno (-13%). O crescimento do uso cativo foi motivado, principalmente, pela produção de DCE – Dicloroetano (+13,8%). O produto, cuja maior parte foi destinada para o mercado externo, é matéria-prima para a produção de PVC. Outro derivado que registrou alta foi o ácido clorídrico (+14,3%).

No período de janeiro a setembro, a capacidade de produção da indústria de cloro-soda aumentou 8,9%, devido aos investimentos, nos últimos anos, na ampliação de plantas. Há, portanto, maior oferta de produtos da cadeia em 2009. A taxa média de utilização dessa capacidade, no período, foi de 85,9%, e o pico de utilização ocorreu no mês de setembro, com 90,6%. O setor se preocupa, entretanto, com a concorrência chinesa, que pode alterar o cenário geral de crescimento esperado da economia, afetando as projeções dos fabricantes.

Em relação à soda cáustica, a produção acumulada de janeiro a setembro de 2009 foi 2,6% maior do que no mesmo período de 2008. As vendas internas do produto recuaram 3,4% em função da queda na demanda dos principais mercados, afetados pela crise mundial. Os setores de papel e celulose e química e petroquímica diminuíram as compras de soda em 5,5% e 6,9%, respectivamente. Influenciada por essa retração, entre outros fatores, a exportação de soda cáustica foi 68,5% maior do que em igual período de 2008. Agora, a indústria espera uma retomada dessa demanda e a obtenção de indicadores econômicos positivos para o último trimestre.