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17/11/2009 - 13:03

Investimento em infraestrutura está transformando o Brasil em um dos principais mercados de equipamentos de construção do mundo

Pesquisa da Sobratema revela dados sobre o que acontecerá no setor produtivo e econômico nos próximos anos, quando o País terá crescimento de investimentos com o PAC, exploração dos campos de Petróleo do Pré-sal, Copa do Mundo e Olimpíadas.

A expectativa de que o Brasil viva nos próximos anos um verdadeiro “boom” de investimentos, tanto no setor público como no privado, é grande. O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal, a exploração dos campos de Petróleo do Pré-sal, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas no Rio em 2016 vêm colaborando para criar esse clima positivo. Mas o que de fato acontecerá nos setores produtivos e econômicos do País? Estudo apresentado quarta-feira (dia 11) pela Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção), que faz um comparativo entre os reflexos da crise que atingiu a economia mundial em 2008 e os prognósticos do setor até 2013, revela que o otimismo se justifica.

Intitulado “Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos de Construção – 2009”, a pesquisa mostra que, enquanto o mundo registrou uma queda de 46% na venda de equipamentos de equipamentos da linha amarela nos últimos dois anos, o Brasil obteve a marca positiva de 10%. Os EUA e a Europa, por exemplo, registraram decréscimo igual a 60%. Os dados confirmam que uma mudança estrutural no mercado está em andamento. Há anos, o Brasil vem se tornando um importante local de produção mundial para exportação de equipamentos. Em 2004, EUA e Europa representavam 49% da demanda mundial do setor. Hoje são apenas 29%, como atesta a OHR (OFF-Highway Research).

De acordo com o estudo, estima-se que, em 2014, a venda total de equipamentos de construção no Brasil, incluindo caminhões rodoviários, tratores pesados de pneus, guindastes e gruas, atinja a marca de 82 mil unidades. Em 2008, o índice foi de 53 mil. O setor que vai puxar esta alta é o de infraestrutura, com 45 mil unidades, seguido da construção civil (24 mil), Mineração (10 mil) e Agricultura (3 mil). “O setor de infraestrutura puxa a economia como um todo. O Brasil está saindo da crise puxado por ela. Outro fato preponderante para o mercado é que já temos uma situação de obras comprometidas como o PAC, a Copa do Mundo, a Olimpíada e a exploração do Pré-sal”, destaca o economista da Insight Consultoria Econômica e professor Ph.D. da PUC-SP, Rubens Sawaya, um dos coordenadores do estudo.

“Isso confirma o otimismo que temos para o futuro. Tivemos um volume de vendas de R$ 10 bilhões no ano passado, somos 200 mil empresas no Brasil voltadas a construção e representamos 18% do PIB. Só em setembro deste ano, o setor criou 160 mil empregos segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estática e Estudos Socioeconômicos), três vezes mais que a área de serviços”, disse Afonso Mamede, presidente da Sobratema e diretor da Noberto Odebrecht.

Rápida recuperação - Por conta da crise mundial, a pesquisa revela que o Brasil teve uma queda de 24% nas vendas em 2009 (EUA e Europa registraram 60%), mas a perspectiva de crescimento para 2010, de aproximadamente 24%, já demonstra uma grande capacidade de reação do mercado nacional. “Nossa queda não foi nada comparada com o resto do mundo. EUA e Europa caíram e vão ficar naquele patamar. As exportações tiveram queda, mas as vendas internas muito pouco”, disse o jornalista e pesquisador Brian Nicholson, da MiniMax Editora Especializada, um dos responsáveis pelo estudo. Rubens Sawaya, completa: “ainda assim, em 2009 estamos vendendo mais máquinas que em 2007”. Em 2007, foram vendidas 34 mil máquinas. Em 2009, o índice aproxima-se da marca de 40 mil.

O cenário para o país tende a crescer no futuro próximo, comprova o levantamento da Sobratema. Esse crescimento previsto para o Brasil tem um índice comparado apenas a Índia, que tem a perspectiva positiva de 27%. A média mundial será de 6% e os outros mercados apresentam as seguintes expectativas: Europa (0%), EUA (7%) e China (7%). No geral, os equipamentos produzidos no Brasil são os mais comuns usados na construção: motoniveladoras, pás-carregadeiras, tratores de esteira, retro-escavadeiras, escavadeiras hidráulicas. Membro da diretoria técnica da Sobratema e diretor da Construtora Andrade Gutierrez, Mário Humberto Marques, ainda acha que os números podem ser melhores: “A Europa e os EUA permanecerão com uma demanda baixa porque não priorizaram os investimentos em infraestrutura para sair da crise”.

O vice-presidente da Sobratema e diretor da Escad Locações e Terraplenagem, Eurimílson João Daniel, chama a atenção para o período de estabilidade política: “o país não fica mais dependendo somente de decisões políticas. Há 15, 20 anos vivemos uma realidade onde as empresas trocavam as máquinas de quatro em quatro anos, quando mudavam os governos. Isso mudou. O Brasil precisará das obras prontas previstas em todos os projetos, isso dá uma tranqüilidade para as empresas”.

Copa do Mundo e China - O estudo da Sobratema destaca que as perspectivas positivas são resultantes da forma como o país enfrentou a crise mundial. A decisão política por parte do Governo Federal de manter obras, iniciar as previstas e criar condições financeiras via crédito foram medidas que fizeram o Brasil superar o momento difícil. Neste final de 2009, os sinais de recuperação já aparecem e tendem a criar um cenário de otimismo para o futuro que pode até resultar na continuidade do padrão de crescimento apresentado pelo menos até 2008, ano este que registrou uma das melhores marcas em volume de vendas dos últimos 20 anos.

Contribuem positivamente para os novos cenários internos, as promessas de investimentos em obras e infra-estrutura pressionadas pelas eleições em 2010, pela Copa do Mundo de 2014, pelas Olimpíadas de 2016 e até mesmo por obras necessárias à exploração dos campos de petróleo do Pré-sal. Também colaboram sensivelmente a manutenção do crédito barato e das políticas de incentivo à construção civil, tendo destaque a construção civil popular e retorno das taxas de crescimento do PIB, que deve levar a indústria, tanto de construção como geral, a retomarem os investimentos e, portanto, o nível de renda e de emprego.

O estudo aponta, ainda, outros aspectos pontuais que afetarão positivamente o mercado brasileiro. A confirmação do aporte de mais recursos para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que espera atingir uma carteira de R$ 300 bilhões.

No mercado internacional, como já foi dito, o cenário para o Brasil é positivo. Enquanto os EUA e Europa ainda vão levar um tempo para se recuperar, a China continuará sendo o país que puxará o crescimento mundial. Mesmo com as dificuldades que enfrenta, tem apresentado taxas de crescimento superiores a 8% e ainda pressiona a demanda de commodities. A potência oriental está trabalhando para substituir em parte o mercado externo, principalmente dos EUA e Europa, por outros mercados como o latino-americano, asiático e africano.

Estudo - O “Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos de Construção – 2009” mostra um comparativo entre os reflexos da crise que atingiu a economia mundial em 2008 e os prognósticos do setor até 2014 e inclui todas as grandes categorias de equipamentos de construção (escavadeiras hidráulicas, tratores de esteira e retroescavadeiras, guindastes, gruas e plataformas aéreas). Não importa se o equipamento é adquirido pelo setor de construção (obviamente o comprador maior), ou por outros setores como mineração, agricultura e indústria.

O Estudo mede o mercado interno, ou seja, a demanda para equipamentos novos, sejam eles de fabricação nacional ou importados. Finalmente, estima a demanda pelo setor de construção para caminhões rodoviários (principalmente basculantes) e tratores pesados de pneu. A pesquisa da Sobratema é importante porque contem estatísticas confiáveis, necessárias para o desenvolvimento de um setor moderno e eficiente. É uma ferramenta adicional para ajudar as empresas no seu planejamento interno e, demonstra o tamanho e potencial do setor para o governo, potenciais investidores nacionais e estrangeiros, e potenciais fornecedores de insumos e serviços.

Existem importantes estudos divulgados por entidades como Abimaq, Anfavea, Sindipeças, Anfir, IBGE e outras. São dados consolidados que oferecem informações valiosas e o Estudo da Sobratema vem agregar valor adicional para o mercado.

Perfil: A Sobratema é a única entidade que congrega clientes e fornecedores que atuam nos segmentos de construção e mineração tais como as construtoras Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Correa, Queiróz Galvão, OAS, Galvão Engenharia, a mineradora Vale, os fabricantes Caterpillar, Komatsu, Volvo, Case, New Holland, JCB, Liebherr, Atlas Copco, Haulotte, Metso Minerals, Dynapac, Ciber, Terex, Hyundai, entre outros. Desde a sua fundação, em setembro de 1988, a entidade tem discutido os principais aspectos envolvidos no gerenciamento, aplicação, manutenção e operação dos equipamentos, assim como na formação, especialização e atualização dos profissionais dessas áreas.

A Sobratema se inscreve hoje definitivamente, entre as mais importantes associações do seu gênero. Atuando no segmento específico de equipamentos, a entidade ganhou credibilidade e o apoio de todas as principais associações representativas de profissionais, empresas e fabricantes de equipamentos, assim como prestadores de serviço, fundações, universidades e também de revistas técnicas. Novos conceitos, códigos e condutas vêm sendo gerados a partir dessas parcerias, estabelecidas em âmbito nacional e internacional.

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