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Governo garante que não haverá racionamento no período 2007-2008

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, garantiu hoje, na Firjan, que não vai faltar energia no período 2007-2008, embora reconheça que a situação é “apertada”. Ele participou, com outros especialistas do setor, do seminário O Desafio do Gás Natural, organizado pela Fundação Getúlio Vargas com apoio do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás e da Firjan.

O painel sobre oferta e demanda no período 2006/2015 foi o mais concorrido. Marco Tavares, sócio-diretor da GásEnergy, apresentou estudo afirmando que a falta de gás natural vai provocar um período delicado e com risco de racionamento até 2009, quando começa a entrar no sistema o gás dos novos campos da Bacia de Santos. Recentemente, o Conselho de Energia da Firjan apresentou trabalho com a mesma perspectiva.

Segundo Tavares, 60% dos empreendimentos que entrariam em operação até 2008 estão atrasados, e as hidrelétricas previstas para 2009 e 2010 foram reconhecidas pelo próprio Governo federal como “de difícil construção”. Além disso, a Bolívia não tem conseguido entregar o volume prometido, mesmo depois das renegociações de contratos.

Tolmasquim falou em seguida, garantindo que a situação de aperto será sanada em 2009 e que, num cenário pré-crise, o Brasil teria gás para operar as termelétricas com até 60% de sua capacidade em 2007 e 2008. Nos últimos quatro anos, esse índice tem se mantido na faixa de 30%. Outras soluções seriam acionar usinas térmicas bicombustíveis, que funcionem também com óleo diesel, e a compra de gás natural liqüefeito.

Segundo o presidente da EPE, o baixo nível atual dos reservatórios para geração de energia hidrelétrica se deve ao uso da água para compensar problemas que ocorreram na rede de gasodutos. “Mas não podemos transformar este fato isolado em crise nacional”, afirmou.

O primeiro painel do seminário discutiu a consolidação do marco regulatório do mercado de gás. O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, João José de Nora Souto, falou sobre o projeto de lei do Governo, discutido desde o final de 2004 e apresentado ao Congresso em março deste ano.

Na abertura do seminário, o presidente em exercício da Firjan, Carlos Mariani, falou em nome do setor de indústria química, que tem dificuldades na utilização do gás natural como matéria-prima. Ele reivindicou uma política de garantia de abastecimento, um marco regulatório que diferencie o uso do gás como matéria-prima, livre acesso aos dutos pelos grandes consumidores e que os consumidores do gás como matéria-prima sejam tratados como prioritários em caso de contigenciamento.

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