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17/11/2009 - 13:11

Sistema de trânsito aduaneiro precisa de melhorias para atender OTM’s


A necessidade foi identificada através de testes realizados pela ITRI Rodoferrovia. No mês de setembro, a empresa foi responsável por 100% das operações multimodais e 30% de toda a movimentação ferroviária de contêineres da MRS Logística no complexo portuário santista.

Os testes operacionais para o serviço de trânsito aduaneiro de transporte de contêineres, utilizando o perfil multimodal do Siscomex Trânsito, realizados no último mês de setembro pela ITRI Rodoferrovia, representaram 100% das operações multimodais no conceito de tratamento aduaneiro de DTA PÁTIO e 30% de toda a movimentação ferroviária de contêineres da MRS Logística no complexo portuário santista. As operações identificaram a necessidade de melhorias no sistema DTA Pátio Multimodal Ferroviário.

Ao todo, foram realizados pela ITRI 10 testes operacionais no sistema Multimodal – com autorização da Alfândega do Porto de Santos – para atender à logística de importação de uma grande montadora japonesa. Deslocavam-se as cargas conteinerizadas do Terminal 36 da Libra, por meio do modal rodoviário (em trânsito aduaneiro), para transbordo na área do Teval. De lá, os contêineres partiam em trens expressos “shuttles”– serviço diário com horários pré-fixados – para o CRAGEA, em Suzano-SP, onde as cargas são nacionalizadas.

“A realização dos testes nos permitiu não só comprovar a viabilidade da operação, mas também acabamos por identificar a necessidade de melhorias no DTA Pátio Multimodal Ferroviário, da Receita Federal. Hoje, o sistema aduaneiro no transporte de transferência de carga entre a área portuária e o terminal de transbordo não permite de forma sistêmica reiterar o lançamento de uma placa de caminhão no mesmo processo logístico de transporte, ou seja, lançar duas vezes a mesma placa no sistema multimodal de transporte - entre estas áreas - até que a operação de transbordo deste processo seja concluída integralmente. A distância entre a Libra e o Teval é pequena e um mesmo caminhão poderia ser usado repetidas vezes”, explica Washington Soares, diretor da ITRI, empresa habilitada como Operadora de Transporte Multimodal pela Agência Nacional de Transporte Terrestre – ANTT.

“Verificada a necessidade, que visa melhor produtividade da frota de caminhões e menores custos econômicos ao usuário do porto, levamos a sugestão de alteração do sistema às autoridades responsáveis”, conta.

Soares diz ainda que, a partir dos testes, a ITRI iniciou estudos para otimizar a frota de deslocamento entre os terminais da Libra, pois as grandes empresas usuárias do porto de Santos não estão em busca apenas das melhores condições logísticas em termos de custo e tempo, mas também da utilização de veículos eco-eficientes. “Estudamos a possibilidade de trabalhar com locomotivas, veículos e caminhões híbridos, que combinam combustíveis não convencionais a motores elétricos, emitindo até 70% menos poluentes e consumindo cerca de 30% menos combustível, para atender à demanda destas usuárias do cais santista com modelos de negócios focados na sustentabilidade. Isto porque, quando um usuário de carga conteinerizada faz uso da multimodalidade está também suprimindo custos sociais, minimizando as variáveis ambientais e o efeito estufa” lembra o diretor da ITRI.

Testes – Os primeiros testes multimodais foram uma alternativa à proibição do uso das linhas férreas adjacentes ao Terminal 35/36 da Libra. A paralisação ocorreu em quatro de novembro de 2008. Os usuários do cais santista, que antes utilizavam as linhas férreas da Libra e ficaram dependentes de um transporte intermodal, agora têm uma redução de até 1/3 no lead time e no custo de movimentação, graças à solução operacional que está sendo viabilizada através da multimodalidade.

Já no primeiro teste operacional no ambiente de trânsito aduaneiro, a sinergia operacional foi essencial, desde a gestão pública à privada, neste último teste, com a participação grupo Libra Terminais (TAP36 e Teval). “Ao cumprir o nosso papel, de Operador de Transporte Multimodal, por meio de políticas públicas com base na Lei 9.611/98, minimizamos aos usuários do porto de Santos as principais barreiras da complexidade operacional do sistema multimodal. Com a multimodalidade é possível prover mudanças organizacionais, driblar gargalos e minimizar problemas de ausência de infraestrutura em determinadas localidades e criar novas alternativas à demanda de contêineres das principais indústrias e montadoras localizadas na região do ABC e que já se utilizavam o sistema de trânsito aduaneiro por DTA PÁTIO, antes da paralisação da operação ferroviária no corredor de exportação”, finaliza Soares.

A ITRI Rodoferrovia é uma empresa com mais de 15 anos, sediada no Centro Histórico de Santos, junto ao maior porto da América Latina, o porto de Santos, que atua como operadora rodoferroviária e está também habilitada como Operadora de Transporte Multimodal com reconhecimento deferido pela ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre.

A empresa dispõe de um contrato de transporte com a MRS LOGÍSTICA para o fornecimento diário de 30 vagões no fluxo Santos-Suzano, e no curso inverso outros 30 vagões para atender à programação de cargas de diversos exportadores da Grande São Paulo.

A ITRI possui exclusividade no uso de vagões protótipos do tipo (PDS/PDR) adaptados com travas de segurança, vagões que são específicos para o transporte de contêiner. Esta disponibilidade de ativos garante aos clientes o atendimento dos serviços de forma plena.

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