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18/11/2009 - 11:24

Precisamos mais do que praças esportivas

O Brasil está vivendo um momento único no esporte. Por mais que não percebamos diretamente os efeitos desse movimento, o fato de estarmos organizando a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e a Olimpíada de 2016 nos coloca no alvo de investidores do mundo inteiro, em diversos níveis.

O fato é que até o momento exploram-se muito as necessidades de arenas e praças esportivas para a realização dos jogos, mas estamos esquecendo a infraestrutura básica para a realização destes eventos.

A Copa do Mundo não será somente das cidades-sede, será das sub-sede, que, aliás, é um espaço muito movimentado durante o Mundial e que ainda não recebeu a devida importância para 2014 do País como um todo. O mesmo conceito vale para os Jogos Olímpicos. Segundo levantamento da FIA (Fundação Instituto de Administração), 52% dos empregos gerados em função da Olimpíada serão fora do Rio de Janeiro. Com esse dado, podemos perceber o efeito pulverizado em todo o Brasil.

Estes grandes eventos, que trazem em seus chapéus a Copa das Confederações e a Para-Olimpíadas, movimentarão a indústria e a economia do País de forma geral: teremos grande impacto na construção civil, no turismo, hotelaria, entre outros setores. De acordo com a pesquisa da FIA, serão 55 setores da economia impactados com os Jogos.

Para aproveitarmos ao máximo esses resultados e principalmente o legado deixado ao País, precisamos focar nossas atenções para oferecermos melhores condições para a indústria crescer, e essas ações passam pela demanda de energia elétrica, insumos para o setor, maquinário, mão-de-obra etc.

Se observarmos os efeitos do blecaute ocorrido nessa última semana, encontraremos diversas razões para voltar as atenções para essas necessidades. Independente dos motivos, o fato é que o País cresce de forma acentuada – a previsão é de crescimento na ordem de 6% para 2010. Os jogos alavancarão esses números nos próximos anos e precisamos criar as bases para o sucesso do Brasil nessas realizações.

Precisamos envolver todos os setores da economia. Não basta falar em arenas, praças esportivas, mão-de-obra especializada em esporte, entre outras ações únicas. Precisamos envolver outras áreas nessa discussão, trazer a indústria e mostrar as necessidades que teremos para estarmos prontos para atender a demanda. Ou o efeito da Olimpíada e da Copa na economia será negativo.

. Por: Thiago Scuro é professor do MBA Gestão e Marketing Esportivo da Trevisan Escola de Negócios em parceria com a Brunoro Sports Business. | E-mail: [email protected].

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