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19/11/2009 - 11:23

EADS: lucro líquido de € 0,3 bilhão no 3T09

Entregas estáveis graças ao bem sucedido gerenciamento de pedidos em carteira

O resultado dos nove meses da EADS (símbolo na bolsa de valores: EAD) reflete os esforços bem sucedidos do grupo em prudentemente gerenciar operações e demanda no desafiante ambiente de negócios atual. As entregas continuam estáveis em todas as unidades de negócios. As receitas tiveram um ligeiro aumento para € 29.7 bilhões. O EBIT* antes de itens únicos foi elevado para € 1,7 bilhões. Os efeitos de câmbio, particularmente, sobrecarregaram o EBIT* de € 1,1 bilhão registrado nos nove meses. As entradas de pedidos de € 24,6 bilhões refletem a atual desaceleração no segmento comercial. Os pedidos em carteira da EADS de mais de € 378 bilhões representam uma sólida base para a continuidade das entregas no futuro. A posição do caixa líquido permanece em € 8,1 bilhões e fortalece a posição do grupo em um ambiente econômico volátil.

“Devido à desafiante situação do mercado comercial, os resultados de nove meses da EADS demonstram a capacidade de recuperação do grupo até agora em meio à crise econômica. Protegendo nosso caixa e administrando os pedidos em carteira e as entregas, esses negócios prioritários nos serviram bem este ano. Estou particularmente satisfeito por termos recebido aval dos nossos clientes para o 3º lote do Eurofighter”, disse Louis Gallois, CEO da EADS. “Novos programas requerem nossa máxima atenção. Quanto ao A400M, estamos trabalhando com os nossos clientes para chegarmos a uma solução aceitável para todas as partes, e colocar este programa em um sólido caminho de longo prazo. Além disso, o programa A380 ainda é motivo de preocupação; revisões industrial e financeira estão em andamento”.

As receitas da EADS ficaram em € 29,7 bilhões (nos 9 meses de 2008: € 29,4 bilhões), sustentadas pelo aumento nas entregas de aeronaves da Airbus (358 unidades contra 349 nos primeiros 9 meses de 2008), mas amenizadas pelo registro de receita mais baixa no programa A400M e deterioração de preço nas entregas de aeronaves comerciais. Contudo, o crescimento nas receitas na Astrium (17% superiores) e na Eurocopter (9% acima) contribuíram para o desempenho positivo da receita do grupo.

O EBIT* antes de itens únicos – um indicador que tenta capturar a margem subjacente do negócio excluindo despesas e lucros não-recorrentes causados por movimentos em provisões ou impactos no câmbio – ficou em € 1,7 bilhão (9 meses de 2008: € 2,6 bilhões). Comparado ao ano anterior, o aumento no volume e as economias decorrentes do Power8 foram mais do que minimizados pela degradação das taxas de hedge, aumentos de custo e desvalorização no preço das entregas de aeronaves. O progresso no A380 está mais lento do que o esperado.

O EBIT* do grupo foi sobrecarregado posteriormente por excepcionais impactos cambiais e caiu para € 1,089 milhão (nos 9 meses de 2008: € 2,018 milhões).

O grupo alcançou um lucro líquido de € 291 milhões (nos 9 meses de 2008: € 1,082 milhão), ou um lucro por ação de € 0,36 (nos 9 meses de 2008: € 1,34). Ele foi comprimido pela deterioração do EBIT* e pelas reavaliações do câmbio que impactaram o resultado financeiro. No total, quando comparada a 2008, a combinação de hedging e efeitos de reavaliações resultaram em um impacto negativo de € 1,7 bilhão no lucro líquido antes do desconto de impostos. As despesas de Pesquisa e Desenvolvimento com Financiamento Próprio aumentaram um pouco, para € 1,834 milhão (nos 9 meses de 2008: € 1,792 milhão), o que evidencia a constante atenção da EADS na inovação. Os investimentos em pesquisa devem subir no último trimestre de 2009.

O Fluxo de Caixa Livre antes de financiamento de clientes caiu para € -892 milhões (nos 9 meses de 2008: € 1,859 milhão), incluindo uma saída de € -260 milhões para o A400M. A deterioração se deve principalmente ao EBIT* antes de itens únicos mais baixo, ao crescimento mais elevado dos estoques e a um fluxo mais baixo de pagamentos adiantados em comparação aos primeiros nove meses de 2008, que se beneficiou de uma forte entrada de pedidos da Airbus e Eurocopter. O fluxo de caixa livre nos primeiros nove meses se beneficiou dessa abundância de pagamentos adiantados. Os estoques aumentaram, notavelmente na Airbus. O financiamento para clientes permaneceu limitado nos primeiros noves meses, mas espera-se que ele cresça no próximo trimestre. O fluxo de caixa livre após o financiamento de clientes soma € -1,182 milhão (nos 9 meses de 2008: € 1,867 milhão). A posição do caixa líquido do grupo está em € 8,1 bilhões (no final de 2008: € 9,2 bilhões) e continua como uma sólida base para a EADS no atual ambiente de mercado. Em agosto, a EADS refinanciou seu Eurobond de € 1 bilhão, que vencerá em março de 2010, mantendo uma flexibilidade para esta plataforma financeira.

A sazonalidade dos negócios institucionais e de defesa da EADS significa que o desempenho das receitas, rendimentos e caixa tendem a ser remanejados.

As entradas de pedidos do grupo caíram para € 24,6 bilhões (nos 9 meses de 2008: € 88,7 bilhões), refletindo o ambiente comercial mais fraco. Em 30 de setembro, a carteira de pedidos da EADS estava em € 378 bilhões (no final de 2008: € 400,2 bilhões), incluindo uma redução de € 14 bilhões devido à revalorização diante de um dólar americano mais fraco no final de setembro comparado ao final de dezembro de 2008. A entrada de pedidos de defesa permaneceu estável em € 54,9 bilhões, comparada ao final de 2008. Graças ao recente contrato obtido para os helicópteros militares brasileiros, ao projeto de segurança em fronteiras na Arábia Saudita e ao 3º lote do Eurofighter, a entrada de pedidos de defesa terá uma substancial retomada no último trimestre.

No final de setembro, a EADS tinha 118.149 funcionários (final de 2008: 118.349).

Com relação ao programa do A400M, negociações com o cliente OCCAR e os países de lançamento, que estão em andamento, são a última fase difícil. Como anteriormente anunciado, a atual fase de negociações representa uma oportunidade a toda as partes do projeto para realinhar o programa. Este período abre espaço para se restabelecer o contrato dentro de condições mais realistas e aceitáveis para todas as partes. A EADS pretende reduzir qualquer futura perda potencial, mas as reais conseqüências financeiras dos atrasos somente serão conhecidas quando as negociações estiverem finalizadas.

Em parceria com seus fornecedores e parceiros, a EADS conseguiu avançar no programa A400M dentro de uma perspectiva técnica. Com um total de 18 voos e 55 horas de voo, o banco de teste de vôo para o motor agora está concluído. Além disso, foi recebida a versão final do software FADEC.de primeiro voo. Testes no Iron Bird estão proporcionando resultados satisfatórios. Graças ao progresso técnico obtido, o primeiro voo do A400M foi antecipado para o final do ano.

Devido ao contínuo alto nível de incerteza no programa, a EADS manteve o tratamento contábil do estágio inicial.** Isso resultou em um impacto no EBIT* de € -224 milhões nos primeiros nove meses.

Impactos substanciais das confirmações de entradas negativas podem ainda ter que ser programadas no futuro, dependendo do desempenho do resultado das negociações do programa A400M.

A EADS lamenta a decisão do governo da África do Sul de se retirar do programa A400M e cancelar seu pedido para oito aeronaves. As implicações financeiras e industriais para a EADS terão de ser avaliadas precisamente.

Visão geral - Como em muitas indústrias, o ambiente macroeconômico, que inclui o recente aumento do preço do petróleo, impactou as finanças dos clientes comerciais da EADS. A deterioração cria um risco na conjuntura de entregas comerciais. Apesar de tudo isso, o grupo está cautelosamente vislumbrando uma melhora nas condições econômicas e de mercado nos próximos meses.

Na projeção para 2010, o grupo, também com cautela, está ainda monitorando suas taxas de produção em um ambiente de mercado mais tranqüilo. As economias decorrentes do Power8, um melhor nível de preço das aeronaves e progressos adicionais nos setores de espaço e defesa enfrentarão a desvalorização das taxas de hedge e as incertezas em torno do A 380 e, se não solucionado em 2009, do A400M.

Os números de outubro de 2009 confirmarão posteriormente o fim da estagnação no fluxo de carga e de passageiros, notavelmente nas economias emergentes. O fluxo de passageiros no mundo cresceu pela primeira vez desde novembro de 2008.

De um ponto de vista econômico, a contínua desvalorização do dólar – embora não seja uma imediata ameaça a curto prazo, graças à política de cobertura de longo prazo e às medidas de cortes de custos – é um desafio por causa do enfraquecimento da carteira de hedge ao longo do tempo. O nível do dólar a longo prazo é um importante balizador para o poder de ganho da EADS nos próximos anos.

Num mercado desafiador, a EADS mantém sua estimativa por novos pedidos brutos, que devem atingir até 300 aeronaves em 2009. As taxas de produção permanecem estáveis. As entregas de 2009 devem ficar em 490 aeronaves. Para 2010, a EADS ainda está trabalhando com seus clientes para incluir o programa A380 no panorama total de entregas. Considerando € 1 = $ 1.39 (conversão utilizada em orientações prévias) como uma taxa média, as receitas da EADS em 2009 estariam, grosso modo, alinhadas com as de 2008. Entretanto, uma posterior desvalorização das taxas de câmbio no último trimestre pode levar a uma leve queda nas receitas do grupo.

Devido às incertezas com relação à grandeza das perdas potenciais do A400M e do A380 no último trimestre, a EADS não é capaz de dar uma orientação para o EBIT* do ano inteiro. Se este cenário se mantiver, o que é considerado o mais provável, a provisão para o A400M, para o qual já estão acumulados € 2,4 bilhões, possui uma ampla gama de possíveis resultados dependendo do processo das negociações, e pode alterar substancialmente os balanços da EADS no futuro.

O EBIT* antes de itens únicos para todo o ano de 2009 deve somar cerca de € 2 bilhões. Em um ambiente difícil, a administração do fluxo de caixa continua a apresentar resultados melhores que o esperado com um consumo de fluxo de caixa agora esperado de menos de € 1 bilhão (excluindo o A400M) incluindo a menor necessidade de financiamento de clientes do que foi previsto.

Perfil: A EADS é líder mundial nos segmentos aeroespacial, de defesa e serviços relacionados. Em 2008, faturou 43,3 bilhões de Euros e empregou cerca de 118 mil pessoas. O Grupo inclui a Airbus, maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo, e a Airbus Military, responsável por aviões de reabastecimento aéreo, de transporte e de missão; a Eurocopter, maior fornecedora mundial de helicópteros; e a EADS Astrium, líder européia em programas espaciais, do Ariane ao Galileo. Sua divisão de Defesa & Segurança é fornecedora de soluções de sistemas abrangentes, tornando a EADS a principal parceira no consórcio Eurofighter e acionista na empresa fornecedora de sistemas de mísseis MBDA.

No Brasil, a EADS mantém investimentos há mais de 30 anos, tendo iniciado sua presença por meio da Helibras. Atua no país através da EADS Brasil e da EADS Secure Networks Brasil. É acionista da Equatorial Sistemas e desenvolve parcerias de longo prazo com clientes como a TAM, Forças Armadas, Polícia Federal, Agência Espacial Brasileira (AEB), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e as forças policiais estaduais

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