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20/11/2009 - 10:35

ABMACO reelege Gilmar Lima


Diretor geral da MVC Plásticos presidirá a Associação Brasileira de Materiais Compósitos por mais três anos.

Gilmar Lima, diretor geral da MVC Plásticos, foi reeleito presidente da Associação Brasileira de Materiais Compósitos (ABMACO) em assembléia geral realizada hoje pela manhã na sede da entidade, em São Paulo. Ao lado de Fenelon Chaves dos Santos, executivo da BYK Chemie e vice-presidente, Lima exercerá o cargo por mais três anos. “Criamos um planejamento estratégico no início da primeira gestão e o seguimos de forma alinhada com toda a equipe. Mudamos alguns conceitos e reformulamos a maneira de atuar da ABMACO, mas ainda falta muito para alcançarmos o que queremos. Daí porque decidimos nos recandidatar”, declara Lima.

Entre as principais metas do novo mandato, o presidente da ABMACO ressalta a criação de comitês focados na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas de 2016. “O nosso setor deve estar preparado para as oportunidades que surgirão, tanto na área de transporte como na de infra-estrutura”. Outra novidade ficará por conta do grupo de trabalho dedicado à substituição de materiais tradicionais, sobretudo metálicos, pelos compósitos – no mundo, há mais de 40.000 aplicações da combinação entre resina e fibra de vidro. “O Brasil se beneficia muito pouco da resistência à corrosão, leveza e versatilidade dos compósitos”, observa.

Ainda em relação aos comitês, o presidente da ABMACO antecipa que a equipe dedicada ao mercado da construção está preparando grandes surpresas para a Feira Internacional da Construção Civil (FEICON) de 2010. “Chamaremos a atenção do público com soluções baseadas em design e inovação. Sem dúvida, o setor da construção civil não será mais o mesmo depois da participação da ABMACO na FEICON”, ele garante. A propósito, o mercado da construção lidera a demanda doméstica por compósitos – respondeu por 46% no primeiro semestre.

Novos programas de qualidade, atrelados à cessão de certificados ABMACO, também fazem parte da estratégia do presidente reeleito. Neste ano, a associação criou o Programa ABMACO de Qualidade (PAQ) – Telhas e contratou o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para avaliar se os participantes fabricam os produtos de acordo com a norma ABNT NBR 14.115. O programa será concluído no primeiro semestre de 2010 e os aprovados receberão o Selo de Qualidade ABMACO. “Reservatórios de água potável e tubulações devem ser os alvos dos próximos programas”.

Já para aumentar a representatividade da indústria brasileira de compósitos em Brasília, Lima avisa que a ABMACO contratará uma assessoria política. “Muitos dos nossos pleitos não receberam a atenção devida ao longo dos últimos anos, por isso decidimos recorrer a uma assessoria profissional”, explica. A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) das telhas de compósitos, por exemplo, é um deles. Muito embora economizem energia elétrica – fruto da translucidez – as telhas de compósitos são taxadas em 15%, contra o IPI de 5% que incide sobre as telhas de alumínio, matéria-prima que, além de ser opaca, demanda elevada quantidade de energia durante seu processamento.

Programa Nacional ABMACO de Reciclagem - A questão ambiental foi uma das principais bandeiras do primeiro mandato de Lima. Quando assumiu a presidência, a entidade já contava com o esboço do Programa Nacional ABMACO de Reciclagem, que, depois de uma série de ajustes, entrará em vigor no próximo mês. Trata-se, em linhas gerais, de uma associação entre 22 empresas investidoras – fornecedoras de matérias-primas e transformadoras – e o IPT. Com o apoio da equipe técnica da ABMACO, o IPT classificará as partículas que formam os resíduos de compósitos, para daí indicar a melhor forma de reutilizá-los no próprio processo produtivo.

Segundo Lima, o setor brasileiro de compósitos gera cerca de 13.000 toneladas de resíduos por ano, o que corresponde a um desperdício aproximado de R$ 90 milhões. “A estruturação do Programa Nacional ABMACO de Reciclagem avançou bastante nos dois últimos anos. Inclusive, iniciamos os contatos com o Ministério do Meio Ambiente para inseri-lo nos programas oficiais do governo. Com isso, as empresas participantes terão acesso a diversos benefícios fiscais”, conta. As soluções técnicas desenvolvidas pela parceria entre ABMACO e IPT poderão ser exploradas comercialmente pelas companhias que integram o programa.

Antes mesmo de entrar em vigor, a iniciativa já deu resultados. Algumas empresas, inclusive a MVC Plásticos, anunciaram que deixarão de adquirir matérias-primas de companhias que não se cadastrarem no programa. “Acredito que toda a cadeia de compósitos irá seguir essa decisão da MVC Plásticos. A cada dia, empresas focadas em produtos e ações ‘verdes’ terão mais incentivos fiscais. Quem estiver fora, então, não terá condições de competir”.

O treinamento do mercado também figurou entre as principais ações desenvolvidas no mandato de Lima. Pela primeira vez na sua história, a ABMACO organizou seminários regionais: foram oito encontros em Estados do Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste – as três primeiras regiões, a propósito, passaram a contar com coordenadores locais. “Também aumentamos a quantidade de palestras feitas no Centro Tecnológico de Compósitos (CETECOM) e dos cursos in company. Somando as duas atividades, foram mais de 70

Os livros “Compósitos 1” e “Compósitos 2” – este último será lançado no próximo dia 8 –, ajudaram igualmente a fortalecer o papel da ABMACO como principal disseminadora de conhecimento acerca dos materiais compósitos. “Fora que investimos na divulgação constante de informações a respeito do nosso segmento e do mercado em geral, principalmente no período mais agudo da crise econômica”.

Para consolidar o seu papel de central de conteúdo, a ABMACO contratou uma consultoria que elaborou um inédito levantamento do setor. “Dados mercadológicos como esses nos ajudaram a ter mais credibilidade junto aos associados”. Por último, Lima menciona a criação do Código de Conduta, outra ferramenta que tornou as ações da ABMACO mais transparentes. “Desde o primeiro dia trabalhamos para transformar a associação numa empresa. Contratamos assessorias jurídica, financeira e de gestão, e implantamos um processo de auditoria interna”, lembra.

Os reflexos gerados por essa mudança de postura foram bastante positivos, tanto é que o quadro associativo da ABMACO saltou de 111, no início de 2008, para 252 hoje. “Mais do que o aumento do número de empresas, devemos comemorar a qualidade daquelas que se associaram. É um grupo bem diversificado e que representa toda a cadeia produtiva, sendo sete companhias do exterior”. Lima estima que encerre o segundo mandato com pouco mais de 300 associados.

Recuperação do mercado- Por mais que tenha sofrido com a crise econômica, o setor brasileiro de compósitos vem dando provas de que está conseguindo se recuperar. “No final do terceiro trimestre, prevíamos uma retração de 3% em 2009. Agora, porém, o cenário mudou e projetamos um crescimento de 1% a 3%”, calcula o presidente da ABMACO. Está longe, não há dúvida, de repetir a evolução de 2008, quando o consumo local de materiais compósitos alcançou 190 mil toneladas, número 13% acima do registrado um ano antes e recorde absoluto na história do setor.

“Uma parte importante da demanda pelo material é oriunda da indústria de transportes, mais especificamente das montadoras de ônibus, caminhões e veículos agrícolas que sofreram muito com a crise. E, ao olharmos para alguns outros segmentos, notamos que perdemos certos espaços para os termoplásticos, por conta da nossa menor competitividade e de flancos vulneráveis na questão da reciclagem”, resume o presidente da ABMACO.

De toda a forma, Lima mostra-se confiante. “Voltaremos a crescer a uma taxa acima de 10% a partir de 2011, resultado garantido pelos mercados de construção civil, infra-estrutura, energia e pela recuperação da indústria automotiva. Pelo lado da ABMACO, seguiremos organizando cada vez mais o nosso setor, tendo como meta o desenvolvimento profissional, ético e, sobretudo, ambientalmente responsável”, completa.

Perfil ABMACO - Fundada em 1981, a Associação Brasileira de Materiais Compósitos (ABMACO) representa toda a cadeia produtiva dos compósitos ou plástico reforçado com fibras de vidro (PRFV), material que conta com mais de 40.000 aplicações catalogadas em todo o mundo, de caixas d´água e tubos a peças de aviões e foguetes. Presidida por Gilmar Lima, diretor geral da MVC Plásticos, a ABMACO tem 252 associados e mantém, em conjunto com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Centro de Tecnologia de Compósitos (CETECOM), o maior do gênero na América Latina. [ www.abmaco.org.br ]

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