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24/11/2009 - 09:04

Sangue doado no Brasil é insuficiente e precisa de mais segurança

No Dia Nacional do Doador de Sangue, 25 de novembro, a Associação dos Serviços de Hemoterapia do Estado do Rio de Janeiro (ASHERJ) alerta para a importância da doação voluntária, já que a porcentagem mínima de doadores de sangue de um país deve ser de 3%, conforme estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, dados do Ministério da Saúde revelam que apenas 1,8% da população faz doações regulares. A ASHERJ também faz um alerta para a melhoria da qualidade do sangue doado. “Hoje ainda existem casos de contaminação por transfusão, o que poderia ser minimizado com a adoção de um teste na triagem das bolsas de sangue: o NAT”, diz Regina Mendes, médica hemoterapeuta e representante da associação.

Doação voluntária - A ASHERJ faz um apelo para que a população doe sangue regularmente. Estatísticas demonstram que 50% do sangue doado são de reposição, ou seja, feita por familiares, amigos e conhecidos para pacientes específicos. “Esta quantidade é insuficiente para cobrir toda a necessidade de transfusões de sangue”, alerta a representante da ASHERJ, baseando-se nas contas do Ministério da Saúde, que estima que sejam necessárias 5.500 bolsas, por dia, no país. Para ser um doador, é preciso estar bem de saúde, não estar em jejum, ter entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50 quilos e não estar incluído em grupos de risco. “A coleta dura cerca de dez minutos”, afirma Regina Mendes, que recomenda que o doador evite alimentos gordurosos nas três horas que antecedem à doação.

Mais qualidade - Comprovadamente mais eficaz, o NAT (Teste de Ácido Nucléico), que utiliza tecnologia da biologia molecular, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em todos os hemocentros do país, mas ainda encontra barreiras para ser adotado no Sistema Único de Saúde (SUS) e ter cobertura das operadoras de saúde. Estimativas recentes apontam que, anualmente, cerca de nove candidatos a doação de sangue seriam excluídos durante a janela imunológica HIV se o teste fosse implantado em todos os bancos de sangue do país.

O NAT é capaz de detectar diretamente os vírus da AIDS (HIV) e da Hepatite C (HCV), reduzindo a janela imunológica – tempo entre a contaminação pelo vírus e sua identificação por exames laboratoriais – de 22 para 11 dias, no caso do HIV (50%) e de 70 para 20 dias (70%), no caso da HCV. Por ser importada, o que dificulta sua adoção na rede pública, sua tecnologia está sendo desenvolvida por cientistas brasileiros desde 2004. O NAT Brasileiro, como está sendo chamado, está em fase de teste em três hemocentros do país. Na capital carioca, o Hemorio é a instituição que está realizando os testes iniciais para adoção da tecnologia.

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