Vendas Diretas mantêm crescimento forte no terceiro trimestre do ano

Alavancado pela alta no número de revendedores, canal sustenta ritmo de crescimento acelerado, com 17,8% de aumento nominal no faturamento.

O mercado brasileiro de vendas diretas segue sua trajetória positiva. No terceiro trimestre de 2009, a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas registrou um volume de negócios de R$ 5,791 bilhões, 17,8% mais que em igual período do ano anterior. Descontada a inflação acumulada de 4,3%, o crescimento real obtido foi de 13,5%.

No período de julho a setembro, o setor contou com o envolvimento de 2,378 milhões de revendedores, uma soma 19,2% superior ao aferido há 12 meses. A grande expansão desse canal é apontada pela ABEVD como principal responsável pelo crescimento acentuado dos negócios.

Do total de revendedores cadastrados nas empresas do setor, incluindo aqueles que não realizaram pedidos no período, foi obtida a soma de 3,476 milhões de revendedores. Destes, 68,4% estiveram ativos no período, representando um ganho de 1,4 ponto percentual na participação dos cadastrados.

“Com a maior entrada de novos revendedores, ainda não tão familiarizados com o negócio, verificamos uma pequena redução na produtividade média de cada um, em queda de 1,2%. Esse recuo é comum nessas horas e tende a ser recuperado normalmente, na medida em que esses novatos adquirem mais experiência”, explica Lírio Cipriani, presidente da ABEVD.

Da mesma forma, também o número médio de produtos comercializados por revendedor sofreu uma pequena redução de 5,1%, ainda como consequência da forte chegada de novos revendedores, cujo desempenho historicamente tende a se corrigir com o tempo. Segundo a ABEVD, a média de produtos vendidos por revendedor no trimestre foi de 193,9.

No tocante ao preço médio do item vendido, foi verificada a valorização de 4,2% em comparação ao terceiro trimestre do ano anterior, acompanhando a evolução do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado no período, de 4,3%. O tíquete médio registrado nas vendas do terceiro trimestre de 2009 foi de R$ 12,60.

As vendas diretas - As vendas diretas constituem um setor cada vez mais relevante para a economia brasileira, responsável pela contribuição fiscal da comercialização de produtos e serviços realizada por milhões de revendedores autônomos. É composto por empresas de segmentos diversos, sendo 88% da categoria de cuidados pessoais, 6% de suplementos nutricionais, 5% de cuidados do lar, e 1% de serviços e outros.

Também chamadas de vendas por relacionamento, as vendas diretas ocorrem em círculos sociais, fora de estabelecimentos comerciais fixos. Não devem ser confundidas com as vendas porta a porta – uma vez que esse termo está sujeito a toda sorte de mercadorias, de origem desconhecida –, e sobre as quais não se aplicam as diretrizes de ética do Código de Conduta da ABEVD.

Perfil: ABEVD é uma associação fundada em 1980 por empresas que buscavam o desenvolvimento do sistema de Vendas Diretas no Brasil. Atualmente conta com 45 associadas, sendo 27 empresas de Vendas Diretas, oito associados consultores e dez associados fornecedores. São eles:

Amway, Avon, Casa do Agente, Cellcred, Compra Certa, Embelleze Style, Herbalife, Hermes, Hinode, Inspiração Perfumes, Jafra, Lyor, Mary Kay, MonaVie, Natura, Nature’s Sunshine, Perfam, Phoneclub, Photon do Brasil, Powerinvest Negócios e Participações, Redepin, Tiens do Brasil, Tupperware, Up Essência, Vitaderm, WOW, Yakult Cosmetics, Arruda Pires Consultoria Jurídica, DirectBiz Consultants, Leite, Tosto e Barros Advogados, Lopes Pinto, Nagasse e Serafino Advogados, Loyalty Marketing, M&BA Marketing Business, MMC&Zarif Advogados, Syntec, Applauso Veículos, Cantatur Viagens e Turismo, DineroMail, Integration,Instituto de Treinamento Resipoli, Laboratórios Pfizer, Gera Gestão de Modelos Comerciais, Okto Mobile, PCI Integrated Management Services, VeroAd Design. [Site: www.abevd.org.br].