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24/11/2009 - 10:50

Fórum SEPRORJ debate conseqüências sociais e econômicas da baixa velocidade da conexão à internet no Brasil

“Na sociedade do conhecimento, qualquer país só atinge um grau de desenvolvimento se os cidadãos estiverem conectados. Sem acesso democrático e em alta velocidade em banda larga para toda a sociedade — incluídas, evidentemente, as empresas — corremos o risco de comprometer o crescimento futuro numa economia global que se interliga cada vez mais pelas supervias de informação”, afirma o presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Rio de Janeiro (SEPRORJ) Benito Paret. O assunto estará em debate no 13° Fórum organizado pela entidade, cujo tema é Brasil Conectado, no dia 30 de novembro, segunda-feira, às 14horas, no centro de convenções do Centro Empresarial Rio, que fica na Praia de Botafogo 228, 2° andar. As inscrições são gratuitas, com vagas limitadas e podem ser feitas pelo e-mail inscriçõ[email protected].

Dividido em dois painéis – Infraestrutura e Conteúdo – o encontro terá a presença de representantes do governo e de empresas privadas, com objetivo de discutir os impactos da banda larga, as políticas públicas no setor e a evolução do Brasil em relação ao resto do mundo. Para Benito falta discutir a fundo como melhorar a eficiência e o acesso do cidadão comum e das empresas às redes de comunicação.

Segundo pesquisas realizadas pelas universidades Oxford (Reino Unido) e Oviedo (Espanha), a velocidade mínima adequada para baixar arquivos na internet é de 3,75 mbps e a banda larga no Brasil tem 128 kbps. Além da baixa velocidade, os brasileiros pagam 400 vezes mais que os navegantes de outros países por esse tipo de conexão. A União Internacional para as Telecomunicações (UTI) calculou o custo da banda larga em cada país, relacionando a renda per capita e o preço deste serviço. Nos EUA, por exemplo, uma banda larga eficaz compromete 0,4% da renda média do consumidor, enquanto no Brasil, com qualidade aquém do necessário, o usuário gasta 9,6%.

Benito Paret afirma que isso se deve ao baixo investimento que as empresas de telecomunicação realizam no setor e à falta de fiscalização. Hoje elas se comprometem por contrato a oferecer apenas 10% da velocidade contratada. Paret explica que o que se tem é uma internet compartilhada e que, nos períodos de pico, em vez de 2 mbps o usuário navega com apenas 200 kbps e afirma: “É preciso que o governo, a quem cabe induzir o desenvolvimento e providenciar infraestrutura, passe do reconhecimento à ação. Na sociedade do conhecimento trafegarão cada vez mais, pelas grandes redes, arquivos integrados por vídeos e conjuntos de imagens em alta resolução. A convergência digital — aí incluída a HDTV, pagers, celulares, palm-tops e outras formas de conexão — exigirá um sistema de banda larga de alta velocidade.”

Exemplo que cita é o de Portugal, que interligou 100% do país por fibras ópticas, para oferecer a todas as empresas e cidadãos acesso à internet com velocidades de 100 mbps. Ter a participação de representantes públicos no 13° Fórum SEPRORJ – Brasil Conectado é a oportunidade de se discutir esta questão “mostrando as políticas feitas em outros países, a partir de uma análise comparativa e crítica”, explica Benito. A outra discussão é a utilização das fibras óticas das grandes empresas estatais para cobrir uma maior área, já que em muitos municípios do Rio e até áreas da região metropolitana não há ainda infraestrutura para colocar a internet de banda larga.

A discussão sobre conteúdo, adianta Benito, abordará a produção no país: “Não podemos só discutir a infraestrutura, é necessário que o Brasil tenha capacidade de produzir conteúdos que não descaracterizem a cultura nacional, com inclusão social e cultural”, diz o presidente do SEPRORJ.

. [ Evento no dia 30 de novembro, segunda-feira, às 14horas, no Centro de Convenções do Centro Empresarial Rio, que fica na Praia de Botafogo 228, 2° andar, Rio de Janeiro (RJ). Inscrições: Gratuitas, com vagas limitadas e podem ser feitas pelo e-mail inscriçõ[email protected]].

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