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24/11/2009 - 11:11

América Latina mais rápida que Estados Unidos pós crise, aponta Felaban

"A América Latina foi uma das últimas regiões a ser afetada pela crise. E será uma das primeiras a sair dela". Ricardo Marino, presidente da Felaban.

Miami -A América Latina, com um sistema bancário sólido e capitalizado, tem as ferramentas para se recuperar mais rapidamente da atual crise financeira, e os Estados Unidos precisarão de mais tempo, principalmente pelo alto índice de desemprego e pelos baixos índices de confiança por parte do consumidor, concordaram os especialistas durante a quadragésima terceira Assembleia Anual da Federação Latino-americana de Bancos (Felaban), que se encerra hoje na cidade.

"Ainda que o pior pareça ter ficado para trás nos Estados Unidos, acreditamos que levará muito tempo até que o mercado de trabalho e a economia voltem ao normal", sinalizou David Wyss, economista-chefe da Standard & Poor's, durante sua palestra no evento, que reúne mais de 1.500 banqueiros de cerca de 43 países do mundo. "Não vamos sair da recessão por vários trimestres ainda".

De acordo com o analista, há sinais tímidos de recuperação na economia norte-americana, mas ainda não se pode falar de uma normalização.

"Os norte-americanos são agora um pouco mais precavidos, em parte porque ainda existe muito desemprego, e, por isso, há menos consumo.

Da mesma forma, as pessoas estão economizando mais dinheiro e estão sendo mais cuidadosas na hora de pedir empréstimos. Por exemplo, o índice de poupança em setembro passado foi de 3,3%, mais alto que o 1,7% de 2007, mas o número continua sendo baixo em comparação com a média histórica", enfatizou Wyss.

Para Ricardo Marino, presidente da Felaban, o panorama na América Latina é muito mais encorajador, graças a um sistema financeiro robusto, capitalizado e regulado, que permitiu que a crise global afetasse a região de forma mais branda.

"A América Latina foi uma das últimas regiões afetadas pela crise. Será uma das primeiras a sair. A região é muito menos vulnerável que no passado e, hoje em dia, os bancos são muito mais solventes, têm maior liquidez e estão bem capitalizados. Os banco latino-americanos não sofreram nem sofrerão os efeitos perversos da crise gerada nos EUA", acrescentou.

Douglas Smith, diretor regional de pesquisa para a América Latina do Standard Chartered Bank, concorda com Marino, e enfatiza os aspectos positivos que a região apresenta frente ao futuro.

"A primeira boa notícia é que 2009 acabará sendo um pouco mais otimista do que se pensou inicialmente. Ao olharmos para a frente, o prognóstico é consideravelmente melhor", avalia o analista, que ainda destacou três elementos que podem ter impacto sobre a região em 2010: O controle de capital (impedir a valorização excessiva das moedas) e as eleições no Brasil, que, diferentemente de outros processos eleitorais, podem mudar a estratégia econômica do governo atual e fazer com que ele tenda ao intervencionismo. O terceiro aspecto é o retorno da Argentina aos mercados de capitais, pontua Smith.

Para Smith, a recuperação da América Latina não será enfraquecida pela dependência do México com relação aos Estados Unidos, tampouco pelas tensões intrarregionais que, como no caso da Venezuela e da Colômbia, "são muito mais barulho que qualquer outra coisa por parte do governo de Caracas". [ www.asambleamiami.com| www.felaban.com | Twitter: http://twitter.com/FELABAN| Facebook: http://www.facebook.com/pages/FELABAN/126195769630].Por: PR Newswire

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