29º ENAEX: produção brasileira vai dobrar ampliando pressão sobre Portos

Um levantamento da área de Planejamento e Avaliação da Política de Transportes, da Secretaria de Política Nacional de Transportes, do Ministério dos Transportes, revelado pelo seu titular, Eng. Francisco Luiz da Costa, no dia 24 de novembro (terça-feira), no plenário do 29º ENAEX,informa que o valor da produção brasileira deverá dobrar ao longo de uma década, saltando US$3,5 bilhões para pouco mais de US$7 bilhões. Esse fato, para ele, justifica o aumento da pressão dos exportadores e outros setores para urgentes melhorias nos sistemas de transportes e portuário. Respondendo a reivindicação dos empresários de comércio exterior, manifestada através do presidente da AEB, Benedicto Moreira, o representante do Ministério dos Transportes disse o planejamento no setor de transportes, em todos os modais, inclusive aeroviário,saltou de uma projeção de US$ 172 bilhões para US$ 212 bilhões, incluindo planejamentos regionais que, ao invés dos chamados "corredores de exportação" passarão a contar agora com "vetores logísticos" que sairão dos pontos de produção para os pontos de destino. "São 508 micro-regiões, incorporando os modais portuário, aeroviário e 12 mil kms. de ferrovias de bitola larga" informou Francisco Costa.

O presidente da AEB e o plenário saudaram a instalação, também anunciada pelo diretor do Ministério dos Transportes, na sede da pasta, em Brasília, do Conselho Nacional de Política de Transportes que, além de ministros, vai contar com representantes de entidades empresariais privadas e comitês temáticos, velha reivindicação da AEB.

O Plano Nacional de Logística e Transportes do Governo espera contemplar todos os modais, inclusive cabotagem, e está projetado para conclusão em 2023.

Benedicto Moreira, da AEB, coordenador da mesa, preconizou a harmonização entre todos os sistemas de logística e reclamou da taxação dos investimentos, sendo o Brasil o único país do mundo com essa pratica, a tal ponto que empresas brasileiras pensam instalar-se no exterior e enviar a produção para o Brasil.