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27/11/2009 - 11:06

Pesquisas recentes mostram que broncodilatador oferece mais vantagens do que a inalação em crises respiratórias

Praticidade, economia, menor índice de contaminação e efeito mais rápido estão entre os benefícios do tratamento.

Muitas pessoas desconhecem que os broncodilatadores podem substituir com eficácia superior a inalação no tratamento das complicações de doenças respiratórias. Tanto para o consumidor final, quanto para os hospitais, especialistas defendem, embasados em sólidas pesquisas, a superioridade das popularmente conhecidas ‘bombinhas’ em relação à nebulização.

Estudos recentes confirmam a eficácia e o perfil de tolerabilidade dos broncodilatadores, sob a forma de spray. De acordo com publicação recente da British Guideline on the Management on Asthma, além da questão da conveniência e do preço, os nebulizadores teriam como desvantagem o fato de utilizarem doses pouco precisas. Publicação da Global Initiative for Asthma (GINA), uma das instituições vistas como referência mundial no estudo da asma, destaca que o broncodilatador possui contador de doses e, por crianças — ou lactentes e idosos com dificuldade respiratória —, é usado com um espaçador que permite, assim como no uso adulto, precisão na dosagem de droga inalada. Além disso, permite maior deposição pulmonar, rápido efeito e menor risco de eventos adversos, como a taquicardia.

“Além disso, a utilização do broncodilatador em crianças com crises de asma, por exemplo, resulta em um enorme benefício para os pais, pois diminui o desconforto do deslocamento para os hospitais em horários adversos e da, muito comum, longa espera pelo atendimento”, ressalta o Dr. Paulo Silva, pneumologista pediátrico do Hospital da Criança Conceição, em Porto Alegre.

Outros estudos - Outro estudo publicado na Pediatric Emergency Care mediu a evolução das crianças com crise de asma que utilizam para o tratamento a nebulização e o spray broncodilatador junto com o espaçador. Os resultados mostram que 7,5% das que utilizaram a primeira opção para tratar a crise de asma tiveram que retornar para um novo atendimento. No segundo caso, apenas 5,8% retornaram às clínicas e hospitais.

Pesquisa internacional publicada no American Journal of Emergency Medicine, que testou a segurança dos dois procedimentos, mostra que pacientes submetidos à nebulização sentem muito mais tremor (54,5%) do que aqueles que utilizaram o spray do broncodilatador (apenas 9%). Outro sintoma bastante comum nestes casos, as palpitações do coração, atingem 17,6% dos usuários de inalação, contra 10% dos pacientes que usam a “bombinha”. Segundo a pesquisa, para cada 1 mg de salbutamol (Beta-2 Agonista de curta duração, utilizado para tratamento do broncoespasmo agudo) via spray, são necessários 2,5 mg de salbutamol via nebulização para se seguir o mesmo efeito terapêutico.

Vantagens para hospitais - As vantagens do uso do broncodilatador também se estendem aos hospitais. Um estudo realizado em Nova York mostra que hospitais e clínicas teriam uma economia de até 80% se estimulassem o uso do spray broncodilatador. Isso significa US$18,26 gastos com a inalação contra US$10,11 com o spray, por paciente. No Brasil, estudo similar realizado pelo Hospital da Criança Conceição calcula em R$3,01 o custo da nebulização (custo da medicação mais o custo agregado) versus o custo de R$0,29 por três jatos de spray broncodilatador.

A mesma análise compara o tempo gasto para a realização dos dois procedimentos, utilizando a referência de cinco pacientes em atendimento em cada um dos grupos. Neste caso, o cálculo para o spray também apresenta vantagem, com apenas dois minutos. Já para o processo da nebulização, são necessários 11,45 minutos. Segundo o Dr. Paulo Silva, só no Hospital da Criança Conceição são feitas 288 nebulizações em apenas uma noite de inverno, gastando-se com isso R$866,88. Se, ao invés da nebulização fosse utilizado o spray com broncodilatador, e levando-se em consideração o estudo realizado, seriam gastos apenas R$83,52.

Bronco dilatadores nas unidades do Rio de janeiro - A Prefeitura do Rio de Janeiro foi a primeira a anunciar que, com o objetivo de reduzir o risco de contaminação e agilizar o atendimento, iniciou a adoção do broncodilatador por via spray ao invés da nebulização na sua rede hospitalar, postos de atendimento e centros de emergência. Para isso, disponibilizará também os espaçadores, fundamentais para uso em lactentes, crianças e idosos.

A GSK, fabricante do medicamento Aerolin®, informou que, através de um contrato de distribuição com fabricante de espaçador, garantirá que farmácias que vendam o medicamento tenham também o espaçador à disposição do consumidor. “A disponibilização dos espaçadores modernos garante a economia do medicamento, evitando desperdício e a necessidade de um maior número de jatos”, completa o Dr. Paulo Silva.

O aerossol pressurizado de Aerolin® contém 200 doses do medicamento e um aplicador de plástico. Cada jato oferece 100 mcg de salbutamol. O produto está, desde 2000, de acordo com todas as regras do Ministério da Saúde, pois não expele clorofluorcarbonos (CFCs), gás que destrói a camada de ozônio. O spray do medicamento contém o hidrofluoralcano 134a (HFA), um novo propelente que não agride o meio ambiente. Além da proteção ambiental, as características do HFA fazem como que as partículas liberadas sejam de tamanho menor do que quando usado o CFC – característica considerada muito importante para a Deposição Pulmonar no caso de pacientes com asma.

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