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11/05/2007 - 07:28

Construção do Arco Metropolitano é motivo de audiência por deputados do Rio de Janeiro

O crescimento e a ocupação desordenada que podem ocorrer nos municípios que serão cortados pelo Arco Metropolitano a partir de sua construção foram as principais preocupações levantadas durante a audiência pública realizada dia 10 de maio, pela Comissão Especial da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro destinada a acompanhar a implementação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado. No encontro, parlamentares, prefeitos e secretários de estado reafirmaram a importância da construção do arco para o desenvolvimento da Região Metropolitana. "O arco vai transformar nosso estado em uma potência da logística porque vai ligar o Porto de Itaguaí, no Sul Fluminense, ao Complexo Petroquímico de Itaboraí, no Leste Fluminense. Portanto, é uma demanda e uma exigência inadiáveis, já que ele é fundamental para a expansão dos empreendimentos econômicos e industriais previstos para a região", declarou o presidente da comissão, deputado Rodrigo Neves (PT).

Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno, o Estado do Rio de Janeiro vai receber um grande volume de investimentos nos próximos anos. "Serão investidos nos próximos cinco anos entre 25 e 28 bilhões de dólares em exploração e produção de petróleo. Deste montante, 20 bilhões de dólares serão investimentos apenas da Petrobras. O maior problema que enfrentaremos é transformar estes investimentos em desenvolvimento econômico. Precisamos também melhorar a infra-estrutura no estado para possibilitar o desenvolvimento do estado e do País", disse Bueno.

O prefeito da cidade de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, declarou-se otimista em relação ao Arco Metropolitano, que segundo ele vai representar um salto de desenvolvimento econômico para a região. Mas ele declarou, também, a sua preocupação com a ocupação desordenada da cidade. "Na região onde o Arco Metropolitano vai passar, quase 50% da população vive com esgoto a céu aberto e sem água. Não há nada comparado a isso no Brasil. Que o arco é uma maravilha não tenho dúvidas, mas não podemos deixar de falar de alguns problemas, como o caso da ocupação desordenada. A história da Baixada Fluminense mostra que a linha do trem trouxe o desenvolvimento e a ocupação desordenada. Não podemos deixar que o arco traga isso novamente", afirmou o prefeito.

O vice-governador e secretário estadual de Obras, Luiz Fernando Pezão, assegurou a data de início das obras para novembro deste ano, e afirmou que o empreendimento é a grande oportunidade de virada para a Região Metropolitana, pois gerará emprego e renda para população. "Vamos iniciar essa obra de dentro para fora, deixando um canteiro central gramado para futuras expansões, evitando assim a ocupação desordenada", informou Pezão. O vice-presidente da comissão especial e presidente da CPI da Infra-estrutura dos Pólos, deputado Luiz Paulo (PSDB), pontuou a necessidade de um plano diretor metropolitano. "É necessário que se tenham acessos definidos e controlados, e que o sistema viário local seja interligado ao arco através de uma via de acesso. Se os acessos não forem bloqueados isso irá promover o desordenamento da ocupação. Por isso, estamos propondo um projeto de lei para que o Poder Executivo faça um plano diretor que promova o desenvolvimento e não o inchamento da região", analisou Luiz Paulo.

O prefeito de Maricá, Ricardo Queiroz, reforçou a necessidade de inclusão da cidade e dos municípios da Costa do Sol no projeto do Arco Metropolitano. Segundo ele, tal medida é importantíssima para fomentar o turismo. "Gostaríamos que fosse feito um apêdice interligando a RJ-114 e a RJ-106 ao arco, trazendo toda a região da Costa do Sol para este grande empreendimento", ressaltou. Neves acrescentou que a Alerj tem um papel fundamental na discussão desse projeto, que irá mudar a geografia e a realidade econômica e social do estado. "O próximo passo será discutir a questão da habitação e do saneamento básico, que estão diretamente ligados ao projeto", explicou o presidente da comissão.

Estiveram presentes à audiência o superintendente da Caixa Econômica Federal, José Domingos Vargas, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, além dos deputados Aparecida Gama (PMDB), Tucalo (PSC), André Corrêa (PPS), Alessandro Molon (PT), Graça Matos (PMDB), Inês Pandeló (PT) e Sula do Carmo (PMDB).

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