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11/05/2007 - 07:37

Fitch põe Brasil a uma nota do grau de investimento


Nova York e São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch colocou o Brasil a uma nota do grau de investimento dia 10 de maio (quinta-feira).

A melhora de "BB" para "BB+" foi comemorada pelo governo e, embora positiva para os investidores, não provocou reação dos mercados financeiros --que já trabalhavam com essa possibilidade.

A expectativa de que o Brasil atraia ainda mais dólares foi classificada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, como "o preço do sucesso".

O upgrade reflete a significativa melhora na situação externa do país, políticas macroeconômicas prudentes e um aumento da poupança doméstica, segundo a agência.

"A acumulação de reservas internacionais... ressalta o contínuo fortalecimento do balanço externo do Brasil e a resistência a choques externos", avaliou a diretora sênior do grupo de rating soberano da agência, Shelly Shetty.

A Fitch acrescentou que a estabilidade macroeconômica continua bem ancorada, com destaque para a inflação baixa, o fortalecimento do câmbio e políticas fiscais consistentes com a estabilidade da dívida.

"Melhoras adicionais na nota do Brasil exigiriam maior confiança de que a dívida pública esteja em um declínio sustentável no médio prazo", destacou Shetty.

"Com o juro real ainda alto e a média do crescimento econômico de apenas 3 por cento nos últimos cinco anos, a dinâmica do endividamento público continua vulnerável a choques adversos."

Além disso, a agência apontou que os obstáculos ao aumento da taxa de investimento precisam ser removidos para impulsionar a produtividade e o crescimento potencial.

Para a Fitch, reformas estruturais adicionais, como autonomia do Banco central e reformas fiscais, poderiam garantir ao país mais capacidade de absorção de choques e sustentar uma expansão econômica maior, embora a perspectiva de tais reformas seja modesta.

A Bovespa ensaiou uma recuperação, mas voltou a cair mais de 1 por cento logo em seguida.

"O mercado já vinha há algum tempo prevendo isso, os fundamentos já indicavam essa situação", comentou o economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto.

"E também tem que considerar que parte do otimismo recente dos mercados já embutia, de certa forma, um upgrade." | Por: Daniela Machado, com reportagem complementar de Isabel Versiani, de Brasília/Reuters.

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